segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cespe e Cesgranrio devem ser responsáveis por execução do novo Enem

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernandes, afirmou nesta segunda-feira (5) que as negociações com o Cespe (Centro de Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) e a Fundação Cesgranrio para a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 estão "avançadas".


O contrato com o Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção), que estava responsável Enem, foi rompido pelo MEC (Ministério da Educação).

A prova, que seria aplicada a mais de 4 milhões de estudantes no último fim de semana, foi cancelada depois do vazamento de seu conteúdo. Se a responsabilidade do consórcio pelo vazamento ficar comprovada pelo inquérito policial, as empresas deverão ressarcir o ministério.

"A partir de agora, o Connasel não mais é responsável pela execução do Enem. Isso libera o Inep e o MEC para dar prosseguimento ao processo de outra forma, contratando outras instituições. Já estamos em estado avançado de negociação com quem fez o exame nos últimos anos, ou seja, Cesgranrio e Cespe", disse Fernandes.

O presidente do Inep informou que cerca de 30% do contrato já foi cumprido pelo Conasel, do qual fazem parte a Consultec, a Funrio (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência) e do Instituto Cetro. Segundo ele, isso corresponde a cerca de R$ 38 milhões já pagos ao consórcio.

"Precisa ser apurado quem tem responsabilidade [pelo vazamento]. Se ficar provado que é responsabilidade do consórcio, sou obrigado a entrar na Justiça pedindo ressarcimento. Mas falar agora seria pré-julgamento", afirmou Fernandes.

Inep e MEC ainda analisam qual a melhor forma de se fazer o novo acordo. O mais provável é que se faça um contrato emergencial. Fernandes também não adiantou quais etapas ficarão sob responsabilidade do Cespe e do Cesgranrio. Uma possibilidade é que as empresas façam apenas a aplicação e a correção das provas.

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