segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Federais poderão alterar calendário letivo para usar Enem 2009 como vestibular

O presidente da Andifes (Assoc Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Alan Barbiero, afirmou nesta segunda-feira (5) que não vai interferir na decisão sobre a nova data do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Mas ressaltou que, caso necessário, as instituições podem adaptar seus calendários letivos para manter a avaliação do MEC (Ministério da Educação) como vestibular.


O Enem devia ter sido aplicado a mais de 4 milhões de estudantes neste fim de semana, mas foi cancelado por conta de um vazamento da prova. Este ano, várias instituições federais incluíram a avaliação em seu processo seletivo.

As instituições poderão adaptar seus calendários para que as aulas comecem um pouco mais tarde, sem deixar de oferecer cem dias letivos por semestre - obrigatórios pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Dentro dessa garantia, ele disse ser possível adiar o início das aulas em até 15 dias, por exemplo.

"Nosso limite é não prejudicar o ingresso dos alunos para o semestre. Podemos esperar fazer um ajuste de 15 dias? Podemos. Mas, se tiver algum problema e tivermos que esperar dois meses, isso não poderá acontecer".


Decisão é de cada federal
"Cada universidade participou do Enem de maneira autônoma e, nesse sentido, não estamos opinando em relação a uma data coletiva. Essa decisão caberá ao Ministério da Educação", disse.

Barbiero afirmou que a prioridade é garantir a entrada dos estudantes nas instituições no primeiro semestre do próximo ano. "Queremos garantir o sucesso do Enem, mas é claro que temos grande preocupação em garantir o ingresso dos estudantes no início do semestre. Vamos fazer esforço muito grande para conseguir adaptar esses dois pontos".

O presidente do Conif (Conselho das Instituições da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia), Paulo César Pereira, disse que a expectativa é que a data a ser definida pelo ministério seja "a mais próxima possível".

A Andifes ressaltou, contudo, que está "confiando" no levantamento que o MEC faz em busca da nova data para a prova. "O ministério nos passou uma confiança sobre todas as providências que está tomando e nós estamos mantendo nossa confiança nesse processo".

Pereira disse que, apesar do vazamento da prova, os institutos federais "mantêm o posicionamento de continuar selecionando os alunos pelo Enem". "Nenhum instituto recuou na utilização do exame como meio de seleção".

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