Listão das federais gaúchas deve atrasar

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Depois do susto inicial com o cancelamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as universidades federais gaúchas anunciaram que nada muda nos seus processos seletivos. O único contratempo é o atraso na divulgação dos aprovados, uma vez que as instituições que adotarão o Enem precisarão aguardar a liberação das notas pelo MEC para concluir seus processos seletivos.

Principal vestibular do Estado, o processo seletivo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) não sofrerá mudanças com o adiamento da prova do Enem. A universidade informou que não se pronunciará sobre o assunto, mas confirmou que deve haver atraso na divulgação do listão.

Na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), a suspensão do Enem provocará atraso na divulgação do listão, que tradicionalmente é divulgado entre o fim de dezembro e o início de janeiro. A Furg aguardará a liberação das notas do Enem pelo MEC para divulgar o seu listão.

Em três universidades federais gaúchas, o Enem continuará sendo a única forma de ingresso: na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e na Universidade Federal do Pampa (Unipampa).

Após a divulgação do vazamento da prova federal, a UFCSPA emitiu nota na qual reitera “sua convicção sobre a qualidade das provas e sobre a capacidade de resolução de eventuais problemas”. A universidade informou que aguardará orientações do Ministério da Educação (MEC), mas não deve alterar os critérios de seleção. O início do próximo semestre letivo não deve ser adiado.

Reitor da UFPel, Antonio Cesar Gonçalves Borges disse que a universidade aguardará orientações do MEC quanto à realização de nova prova:

– De qualquer maneira, não acredito que vai atrapalhar o início do próximo período letivo, mesmo que se leve 30 ou 60 dias para a realização da nova prova do Enem.

A reitora da Unipampa, Maria Beatriz Luce, informou que o processo seletivo da instituição não será alterado com o vazamento da prova federal. Para ela, a identificação do problema antes da prova evita maiores transtornos, e comprova a idoneidade do processo. Maria Beatriz destaca que o adiamento pode até se tornar benéfico aos estudantes, que terão mais tempo para se preparar para a nova prova.

Fonte: Zero Hora