O poeta Alexei Bueno, em entrevista a Álvaro Alves de Faria, também poeta, fez a seguinte declaração:
"No Concretismo tivemos o fim do ciclo histórico do verso, o ideograma, o plano-piloto, e outras sensaborias igualmente risíveis. Da mesma maneira que o Parnasianismo, na nossa belle-époque positivista e laica, escamoteava com os seus versos de salão a miséria trágica da maior parte desse país de papudos, impaludados e analfabetos - até que Euclides da Cunha genialmente lhes esfregasse a verdade na cara - nos anos da ditadura militar o Concretismo se consolidou como o último estado oficial da poesia brasileira, amparado nos pusilânimes universitários e nas mediocridades inumeráveis."
O depoimento, completo, pode ser lido nas páginas do livro Pastores de Virgílio, que traz depoimentos de outros poetas (como Fabrício Carpinejar, por exemplo), editado pela Escrituras, já disponível nas livrarias.
sábado, 24 de outubro de 2009
O concreto já rachou?
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