Os 1.662 presos de Pernambuco e do Ceará que refizeram a redação do Enem, na tarde desta sexta-feira, enfrentaram um tema subjetivo. Tiveram que escrever sobre originalidade. “Como ser original nos tempos atuais” foi o tema proposto pelo Inep.
“Achei as provas desta vez melhores que as que fiz em dezembro. Na minha redação falei sobre preconceito e discriminação”, contou Roberto Calisto da Silva, 45 anos, confinado no Presídio Juiz Antônio Luis Lins de Barros, unidade do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife.
“Os testes foram cansativos e mais trabalhosos que os anteriores”, comentou Washington Luis dos Santos, 34, que está preso na mesma unidade.
As 1.674 pessoas privadas de liberdade de Pernambuco e do Ceará refizeram o Enem ontem e hoje porque os cartões de resposta e as provas desses participantes estavam dentro do caminhão dos Correios roubado em dezembro, no Rio de Janeiro.
Para garantir que eles possam participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), cujas inscrições começam na próxima segunda-feira, foi criada uma força-tarefa para aplicação e correção dos testes. O Inep garante que as médias desses participantes serão liberadas antes do término das inscrições, no dia 22.
Fonte: Jornal do Commercio
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