É de praxe que nesse dia, cada blogueiro faça uma postagem indicando outros blogs para seus leitores. Então, aí vai!
- Professor Edir: História, Geopolítica, Atualidade e Filosofia
Apesar do nome, não é meu! Trata-se do blog do Prof. Edir I (meu velho), lendário professor de História e referência, não só para mim, mas para milhares de alunos e ex-alunos. O slogan é pretensioso: "Pra entender o Mundo!", mas é essa a proposta do blog, mesmo.
- Clube de Literatura: Blog do Clube de Literatura dos alunos do colégio João Paulo I (Porto Alegre)- Textos de jovens escritores, mas de maturidade literária surpreendente. O blog está em fase experimental mas traz contos de gente grande.
- Silogismo Natural: Blog do meu aluno Felipe Vargas, traz contos e poesias que vão surpreender o leitor. Vale conferir!
- Cinepoemaprosa: Blog de um dos mais talentosos alunos que já tive: o poeta e cinéfilo Renan Silva. Resenha cinematográficas e outras viagens legais.
- Todoprosa: Blog do jornalista e escritor Sérgio Rodrigues. Bastante informação sobre a cena literária atual, além de resenhas e outros escritos interessantes.
Se você é blogueiro, comemore também o Dia do Blog fazendo as suas indicações.
Boas viagens na blogosfera!
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
31/08: O Dia do Blog - Conheça mais blogs interessantes.
Federal de Santa Maria publica edital do vestibular 2010
Candidatos já podem solicitar isenção da taxa de inscrição no concurso
A universidade Federal de Santa Maria (UFSM) publicou nesta segunda-feira o edital do concurso vestibular de 2010. Segundo o documento, o concurso, será realizado em três dias consecutivos, 13, 14 e 15 de janeiro de 2010, constando de uma única etapa seletivo-classificatória.
O processo seletivo será composto por provas com questões de múltipla escolha sobre os conteúdos das disciplinas do Ensino Médio e por uma prova de Redação. As inscrições para o concurso podem ser feitas de 21 de setembro a 30 de outubro de 2009.
Nesta segunda, até 04 de setembro, os candidatos que desejarem obter a isenção da taxa de inscrição do Vestibular 2010 da UFSM podem fazer a solicitação no site da COPERVES.
Para solicitar a isenção, o candidato deverá estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e ser membro de família de baixa renda, de acordo com o Decreto Nº. 6.593, de 02 de outubro de 2008.
No processo de solicitação, o candidato deverá informar o nome completo; o Número de Inscrição Social – NIS; a data de nascimento; o sexo; o número, a data de emissão e o órgão emissor do RG; o número do CPF e o nome da mãe.
Após preencher todos os dados solicitados, o candidato deverá imprimir a declaração comprovando ser membro de família de baixa renda. Essa declaração deverá ser assinada pelo candidato e entregue diretamente na sede da COPERVES ou enviada via correio, até o dia 04 de setembro de 2009 (data da postagem).
O endereço para envio de correspondência é: Comissão Permanente do Vestibular, Campus da UFSM, Prédio 48, Próximo à Reitoria, Faixa de Camobi, Km 9, Santa Maria – RS, CEP 97105-900.
No dia 11 de setembro, a COPERVES divulgará no site a Listagem dos Isentos.
Acesse a página da COPERVES
Confira os cursos oferecidos e as vagas
Veja o Programa de Conteúdos
Relação de Obras Literárias Exigidas
MEC estuda Enem obrigatório em 2010
Diretor do Inep admite mudança e participa de evento nesta segunda na Capital
Com 4,5 milhões de inscritos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se transformou na porta de acesso às universidades e, em 2010, pode passar por mais uma transformação.
Em Porto Alegre, onde veio participar de um seminário com as escolas privadas, o diretor de Avaliação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Heliton Ribeiro Tavares, admitiu que a prova pode se tornar obrigatória a partir do próximo ano.
– O conselho que reúne as secretarias de educação estaduais já solicitou estudo para tornar o Enem obrigatório. Vamos responder no próximo ano se é possível ou não. Não sei se será possível, pelo menos a curto prazo – disse Tavares.
O novo Enem será aplicado nos dias 3 e 4 de outubro em mais de 1,8 mil municípios brasileiros. Como preparar os alunos e conseguir ajustar a metodologia ao novo exame virou questão de ordem para os professores.
Para ajudar a entender a mudança, o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) do Estado realiza nesta segunda, a partir das 8h30min, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul um seminário.
Confira, abaixo, entrevista concedida pelo diretor do Inep, Heliton Tavares, no sábado, por telefone.
Zero Hora – Por que o Ministério da Educação teve pressa para implementar a mudança?
Heliton Tavares – Não tivemos pressa. A exigência de uma aplicação imediata nem partiu no MEC, mas da sociedade. O Ensino Médio há muito tempo estava precisando de uma mudança deste tipo. Estávamos a mais de um ano em um nível avançado de discussões e decidimos fazer de uma vez.
Zero Hora – Com a nota do Enem valendo como única forma de ingresso em universidades federais, a preocupação com a fraude aumentou muito. Como vai ser a fiscalização em cada sala de aula?
Tavares – O Inep é o gerente do processo. Houve a contratação de um consórcio de empresas. Teremos 350 mil pessoas para trabalhar nos dias de prova. Isso garante pelo menos duas pessoas em cada sala, além de fiscais externos e coordenadores. O Enem já é a maior prova aplicada no Brasil. Neste ano, teremos meio milhão a mais do que o ano passado, mas a estrutura já estava montada. Claro que, neste ano, os cuidados estão sendo muito maiores e a seriedade do processo tomou uma dimensão enorme. Mas a logística estava montada.
Zero Hora – Como será a divulgação dos resultados para alunos e escolas?
Tavares – As escolas vão saber como estão os alunos em cada habilidade medida (são 30 por área). Em uma escala de proficiência, vamos informar a média dos alunos por escola, dentro das faixas de conhecimento e até com um percentual por faixa. Vamos gerar informação suficiente para que possam comparar suas metodologias em relação as outras. O estudante terá seu desempenho medido por uma pontuação. A média valerá 500 pontos, com desvio padrão de cem pontos. Além disso, vai saber também o que conhece em cada área.
Zero Hora – O Enem poderá se tornar obrigatório em 2010?
Tavares – O conselho que reúne as secretarias estaduais de Educação já solicitou estudo para tornar o Enem obrigatório. Vamos responder no próximo ano se é possível ou não. Não sei de será possível, pelo menos a curto prazo. Mas é algo que interessa a todas as secretarias.
Zero Hora – Em que o exame avança?
Tavares – Ela aproxima o Ensino Médio da universidade e consegue medir o desempenho das escolas. Antes era a experiência dos alunos que, contava. Com isso, passa a ser um orientador do Ensino Médio e o coloca na mesma mesa das universidades, coisa que há muito tempo não se conseguia no Brasil. Esses grupos, juntos, agora vão fazer propostas de mudanças. Estamos formando um grupo para verificar toda a estrutura do Enem e propor mudanças. Ele será formado por professores da educação básica, das universidades e institutos federais e de universidades estaduais e particulares. Queremos discutir e aprimorar o exame sempre, a cada edição. É um processo de construção.
Zero Hora – O Inep está preparado para o sistema de seleção que promete atender milhões de estudantes online?
Tavares – Esperamos 4 milhões de acessos simultâneos. Estamos investindo em uma megaestrutura, maior do que a da Receita Federal. Qualquer problema de internet pode colocar tudo a perder. Durante as inscrições, chegamos a 221 mil acessos simultâneos e deu tudo certo.
O evento
- Quando: a partir das 8h30min, no auditório do prédio 40 da PUCRS, em Porto Alegre, ocorre o seminário com o diretor de Avaliação Básica do Inep, Heliton Tavares
- Inscrições: podem ser feitas no local. À tarde, ocorre o 7º Seminário de Cidadania, que abordará o tema do crack na escola, com palestra da psiquiatra do Núcleo de Adolescência e Drogas do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da UFRGS, Patrícia Saibro.
- Informações: (51) 3213-9090
Fonte: ZERO HORA
Furg e UFSM recebem pedidos de isenção de taxa de inscrição do vestibular 2010
No Rio Grande do Sul, a Furg (Fundação Universidade do Rio Grande do Sul) e a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) abrem nesta segunda-feira (31) os pedidos de isenção de taxa de inscrição do vestibular 2010.
Furg
Na Furg, os candidatos podem pedir isenção parcial (50%) ou total até as 16h30 de 11 de setembro, somente pela internet. É necessário preencher os seguintes pré-requisitos:
-ter concluído ou estar cursando a 3ª série do ensino médio ou estar cursando EJA (Educação de Jovens e Adultos);
-pertencer à família cuja renda mensal per capita seja inferior a um e meio salário mínimo nacional.
O resultado será divulgado em 2 de outubro. Veja outras informações no edital de isenção.
UFSM
Na UFSM, os interessados em pedir isenção de taxa de inscrição terão até o dia 4 de setembro para pedir o benefício, somente pela internet.
Para solicitar a isenção, o candidato deverá estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) e ser membro de família de baixa renda. Após preencher todos os dados solicitados, o vestibulando deve imprimir a declaração comprovando ser membro de família de baixa renda.
A declaração deve ser assinada pelo candidato e precisa ser entregue na Coperves (Comissão Permanente do Vestibular) da UFSM, pessoalmente ou via correios, até 4 de setembro de 2009 (com data da postagem). O endereço para envio de correspondência é:
Comissão Permanente do Vestibular, Campus da UFSM, Prédio 48,
Próximo à Reitoria, Faixa de Camobi, Km 9, Santa Maria - RS, CEP 97105-900.
O resultado deve ser divulgado no dia 11 de setembro. Veja outras informações no edital.
31/08: O dia do Blog
Hoje é comemorado mundialmente o dia do Blog. Não poderíamos deixar de fazer a referência à data aqui neste espaço.
Cabe aqui destacar o fato de que o Weblog é um grande passo no sentido de realmente democratizar a cultura da informação. A liberdade de pensamento está diretamente relacionada à livre difusão da informação, e nesse sentido, até pouco tempo atrás, vivíamos a ilusão da livre circulação de idéias, que camuflava o poder do monopólio da 'verdade'. Nosso país é um prodigioso exemplo de como se pode, através dos meios de comunicação de massa, uniformizar o pensamento e anestesiar a população diante de toda a sorte de canalhices.
Nesse sentido, o blog é um meio de comunicação revolucionário: antes apenas a recepção da informação era universal, agora, qualquer um, ao menos em tese, pode veicular seus textos, difundir suas idéias em escala global. O problema passa a ser outro: o volume absurdo de informação disponível jamais poderá ser integralmente processado pelo leitor. O que é realmente digno de ser lido/visto na web?
Alguns críticos patrocinados pela indústria da informação já tentam descredibilizar a blogosfera. Alegam que a informação passa a ser veiculada por amadores e que suas opiniões passam a concorrer com as 'verdades' do noticiário. Mas um verdadeiro ambiente democrático supõe a pluralidade de opiniões. O que é realmente nocivo é a massificação, a padronização do pensamento promovida pelos detentores do poder econômico.
O Blog está incomodando os 'donos da verdade' e transformando o mundo!
Viva a blogosfera!
domingo, 30 de agosto de 2009
Fernando Pessoa (por Madalena Vaz-Pinto)
Lançamento: Poesia (1931-1935 e não datada), de Fernando Pessoa. Editora Companhia das Letras, 648 páginas. R$ 59
A editora Companhia das Letras lançou há poucos meses o terceiro volume da poesia de Fernando Pessoa ortônimo a partir da edição portuguesa da Assírio & Alvim. Reúne-se aqui a poesia escrita entre 1931 e 1935, além da poesia não datada. A pesquisa realizada pelos integrantes do Espólio de Fernando Pessoa - em que se inclui a brasileira Cleonice Berardinelli, professora emérita de literatura portuguesa - tem sido da maior importância, não só por dar a conhecer uma quantidade significativa de novos textos, como pelas edições críticas e correções de versões anteriores dos textos de Pessoa. Trata-se de uma atividade que, além de um conhecimento profundo da obra do poeta exige dedicação e perseverança, dada a precariedade de muitos textos, escritos nos mais diferentes tipos de papéis e com uma caligrafia muitas vezes difícil de entender.
Só da poesia ortônima são mais se 350 poemas. Se somarmos a este número a poesia dos heterônimos e textos em prosa, fica-se diante de uma produção que impressiona, e que nos leva a concluir que Pessoa, nem sempre hábil para publicar seus textos, parecia não duvidar de seu valor, guardando na mítica arca tudo o que escrevia. Sobre a poesia que agora se publica, uma questão se coloca de início: é a presença de Pessoa na poesia ortônima distinta da dos heterônimos? Existiria aí um sujeito lírico diferente?
Os 123 inéditos incluídos neste volume fazem parte do grupo dos não datados e, como dizem as organizadoras no posfácio, "apresentam um grau de acabamento menor", muitos apresentando lacunas, o que dificulta sua leitura e diminui o prazer da fruição. Entre os completos, na maioria poemas curtos, versos de cinco e sete sílabas, característico da poesia ortônima, destaca-se o poema dedicado a Baudelaire: "As podridões geram flores/ Bem o sei, ó alma doente/ Ó exilado dos amores/ Espírito do poente." Outro poema sobressai, pelo tom anticlerical e jocoso: "Há um método infalível/ Conquanto pareça incrível/ De sempre ter a verdade/ É ouvir um padre ou frade./ O critério não é vário: É sempre certo - o contrário." Em contraste com este tom leve temos num outro poema o aflorar de questões metafísicas que assombravam o ortônimo "novelo virado para dentro" como se definiu: "Se a ciência não nos pode consolar,/ Não busquemos consolo.// Não peçamos à fé que seja certa/ Mas só que seja nossa." Por último destaca-se "O último cisne", um dos mais extensos dados a conhecer nesta edição, e que lembra o poema Pauís, ainda muito próximo do tom simbolista, com suas imagens vagas e frases alongadas.
Uma observação deve ser feita sobre a dificuldade para a localização dos poemas inéditos: o leitor curioso tem de recorrer primeiro às notas finais para identificá-los e, só depois, a partir dos títulos ou primeiros versos, localizá-los no índice. No corpus do texto, apesar de notas com variantes textuais e datas, nada existe que os identifique, o que poderia ser acrescentado em uma próxima edição.
A novidade formal da poética de Pessoa, com a criação dos heterônimos, cada um deles com temas, estilo e dicção próprios, constitui um desafio para os estudos literários. Como ler estes textos? Separadamente, como se cada um constituísse um poema autônomo? Mas como ignorar que todos remetem para um mesmo autor? Uma subjetividade poética que se apresenta plural e descentrada, aponta indubitavelmente para a crise do sujeito cartesiano, uno e idêntico a si, certo da propriedade do seu pensamento. As diferenças virão por conta da forma como se ler essa crise, sintetizada nas palavras fragmentação e multiplicidade. São duas noções, dois conceitos, pode-se dizer, que determinam as principais interpretações da poética de Fernando Pessoa. Uma leitura a partir da fragmentação tende a ver a poesia de Pessoa como uma solução. Pessoa fragmentou-se em várias vozes pela impossibilidade de se manter uno, em um mundo dividido onde não existe mais lugar para narrativas absolutas. Já a leitura pelo viés da multiplicidade, vê nos heterônimos a concretização de uma possibilidade, a possibilidade do sujeito, finalmente, assumir a pluralidade que lhe é intrínseca. Estaríamos então diante de uma escrita de afirmação, uma das mais potentes do mundo ocidental moderno.
Em qualquer destas hipóteses, a poesia ortônima levanta problemas por ser aquela que o poeta assinou com o seu nome: Fernando Pessoa. A tentação é retirá-la do conjunto de que fazem parte os heterônimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares, para citar os mais importantes - e entendê-la como uma subjetividade, senão una, pelo menos não tão mascarada. Entretanto, é justamente aí que encontramos dois poemas, verdadeiras artes poéticas, em que Pessoa expõe as bases em que assenta sua poesia. No poema "Autopsicografia", pode ler-se na primeira estrofe: "O poeta é um fingidor./ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente." No poema "Isto", escrito depois, Pessoa parece responder aos que criticavam seu assumido fingimento, reiterando seu entendimento do que fosse escrever: "Dizem que finjo ou minto/ Tudo que escrevo. Não./ Eu simplesmente sinto com a imaginação./ Não uso o coração." E, na última estrofe: "Por isso escrevo em meio/ Do que não está ao pé,/ Livre do meu enleio,/ Sério do que não é./ Sentir, sinta quem lê."
O poeta é um fingidor, assume Pessoa, mas de que tipo de fingimento se trata? Trata-se de um fingimento estético, não ético, extra-moral, portanto, e que se realiza pelo uso da linguagem. Através dela opera-se uma alterização, um tornar-se outro, como dizia Rimbaud, o que no caso de Pessoa acontece tanto com o ortônimo como com os heterônimos. Por isso as sensações, noção central na poesia de Pessoa, são meta-físicas, formas de devir-outro, como se o poeta quisesse experimentar essa potência infinita de se outrar, pela linguagem. Separar a poesia ortônima do conjunto formado pelos heterônimos não nos leva a um lugar mais seguro, simplesmente porque ortônimo e heterônimos fazem parte do mesmo processo generalizado de ficcionalização.
* Madalena Vaz-Pinto é diretora do Centro de Estudos do Real Gabinete Português de Leitura
disponível no blog Prosa OnLine
sábado, 29 de agosto de 2009
Google disponibiliza livros em formato ePub
O gigante Google acaba de anunciar que cópias digitais de um milhão de livros de domínio público estarão disponíveis para download no Google Livros no formato digital ePub, que permite que o texto se adapte às telas dos e-readers. Matéria do Galley Cat traz um post no blog do Google que explica o funcionamento da nova plataforma e chama atenção para o caráter livre dos títulos nesse formato, sem problemas de domínio ou direito autoral
Muitos títulos disponíveis no Google Books estavam até então no formato PDF, difícil de converter-se de acordo com os diferentes modelos de e-reader. A decisão de convertê-los para o formato ePub os torna mais acessíveis e possíveis de serem lidos em uma gama maior de bases. Além disso, o novo formato é gratuito e apoiado por um número cada vez maior de leitores digitais, além de ser transferível de um leitor a outro de outra marca sem problemas de tradução. Contudo, as versões em PDF continuam a existir e estão sendo gradativamente transformadas em ePub.
O anúncio do Google está ligado à finalização do acordo do gigante com editoras e autores, resultante da ação coletiva movida pelo segmento, sob a alegação de que o Google teria violado os direitos autorais e os direitos de outros titulares de direitos autorais de livros ao colocar os títulos disponíveis em seu Google Livros. A ação judicial é denominada The Authors Guild.
Sob o acordo acertado em outubro passado com a Authors Guild e a Association of American Publishers, o Google concordou em pagar US$ 125 milhões para criar o Registro de Direitos Autorais de Livros. O sistema permitirá que autores e editoras registrem trabalhos para receber compensações pelo uso de suas obras. O plano do Google é permitir que internautas possam fazer buscas em milhões de livros com direitos autorais protegidos e também comprá-los. A complicada polêmica e os caminhos que ela aponta podem ser entendidos com a matéria do Terra.
Na guerra pelos acessos, a Microsoft e o Yahoo anunciaram recentemente um acordo para concorrer com o Google em pesquisas na internet, prevendo associar a tecnologia Microsoft à força de venda publicitária do Yahoo. Ele prevê que os sites de busca do Yahoo vão utilizar a ferramenta de busca Bing, da Microsoft. O Yahoo, por sua vez, vai administrar as vendas em publicidade on-line. Entenda o acordo aqui.
Em tempo: os criadores do e-reader da Sony anunciaram que o gadget vai adotar o ePub, numa medida para competir com força com o Kindle da Amazon. Um dos problemas dos livros digitais da Amazon é sua restrição ao uso de outros formatos no seu aplicativo.
A estratégia da Sony não foi à toa. A Amazon bateu o recorde de vendas de e-books nos Estados Unidos em junho, com um lucro de US$ 14 milhões - um aumento de 136,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Associação de Editoras Norte-americanas.
Conto: Gricha (Tchekhov)
Gricha , rapazinho pequeno e rechonchudo, nascido há dois anos e oito meses atrás, passeia pelo bulevar com a sua ama. Tem uma capinha comprida forrada de algodão, um cachecol, um grande gorro com borla felpuda e galochas quentes. Tem muito calor, sente-se abafado e, ainda por cima, o desabrochado sol de Abril bate-lhe nos olhos e belisca-lhe as pálpebras.
Toda a sua figurinha desajeitada, de andar tímido e inseguro, exprime uma perplexidade extrema.
Até este dia, Gricha conhecia apenas o mundo quadrangular: num canto a sua cama, noutro a arca da ama-seca, no terceiro a cadeira, no quarto a lamparina. Olhando para debaixo da cama vê-se um boneco com um braço partido e um tambor e, atrás da arca da ama, coisas díspares: um carretel já sem linha, papelinhos, uma caixa sem tampa, um palhaço estragado. Neste mundo, além da ama e de Gricha, aparecem muitas vezes a mamã e a gata. A mamã parece-se com uma boneca, e a gata com a peliça do papá, só que a peliça não tem olhos nem rabo. Deste mundo a que chamam «o quarto da criança» há uma porta que dá para o espaço onde almoçam e tomam chá. Aqui, está a cadeira de Gricha com pernas compridas e um relógio de parede que existe para abanar o pêndulo e tocar. Da sala de jantar pode-se passar para outra onde há poltronas vermelhas. Aqui, no tapete, há uma nódoa e, até agora, ainda ameaçam Gricha com o dedo por causa dela. Pegada a esta sala há mais uma, onde não o deixam entrar e onde se entrevê o papá – uma personalidade extremamente enigmática! A ama e a mamã são compreensíveis: vestem o Gricha, dão-lhe de comer e deitam-no na cama; mas por que raio existe o papá, isso já não se sabe. Existe mais uma personalidade enigmática: a tia que ofereceu a Gricha o tambor. Aparece e desaparece. Desaparece para onde? Gricha espreitava muitas vezes para debaixo da cama, para trás da arca e para debaixo do divã, mas ela não estava lá...
Ora, neste mundo novo onde o sol fere os olhos, há tantos papás, mamãs e tias que não se sabe para quem correr. Mas os mais estranhos e absurdos são os cavalos. Gricha olha para as suas patas andantes e não percebe nada. Olha para a ama para que esta lhe resolva o problema, mas a ama continua calada.
De repente, ouve um bater de pés terrível... Marchando a compasso, avança contra ele pelo bulevar uma chusma de soldados com as caras vermelhas e os ramos do banho debaixo do braço. Gricha fica gelado de medo e olha interrogativamente para a ama: aquilo não será perigoso? A ama não foge nem chora, logo não há perigo. Gricha olha para a traseira da massa de soldados e põe-se também a marchar ao ritmo deles.
Correm através do bulevar duas gatas grandes com os focinhos compridos, as línguas de fora e os rabos espetados para cima. Gricha acha que também tem de correr e corre atrás das gatas.
– Alto! – grita-lhe a ama, agarrando-o com brusquidão pelo ombro. – Aonde pensas que vais? Quem te autorizou a fazeres traquinices?
Sentada ao pé de uma pequena selha cheia de laranjas está uma ama qualquer. Gricha, ao passar por ela, tira uma laranja para si.
– O que estás a fazer? – grita a sua acompanhante, dá-lhe uma palmada na mão e tira-lhe a laranja. – Parvo!
Agora, Gricha apanharia do chão, com grande prazer, um bocado de vidro que vê a seus pés e que brilha como a lamparina; mas tem medo de que lhe voltem a bater na mão.
– Os nossos respeitos! – ouve Gricha de repente, quase por cima do seu ouvido, dito numa voz alta e espessa e vê um homem alto com botões reluzentes.
Para grande prazer de Gricha, o homem estende a mão para a ama, pára ao lado dela e começa a conversar. O brilho do sol, o barulho das carruagens, os cavalos, os botões reluzentes – tudo isso é tão impressionantemente novo para ele, e nada assustador, que a alma de Gricha se enche de alegria e Gricha começa a rir.
– Vamos! Vamos! – grita para o homem dos botões reluzentes, puxando-lhe pela aba do casaco.
– Vamos aonde? – pergunta o homem.
– Vamos! – insiste Gricha.
Gricha gostaria de lhes dizer que não seria mau levarem com eles também o papá, a mamã e a gata, mas a língua de Gricha nunca diz o que é preciso.
Um pouco mais tarde, a ama desvia-se do bulevar e leva Gricha para um pátio grande onde ainda há neve. O homem dos botões reluzentes, atrás deles, também vai. Contornam com cuidado os charcos e os grandes bocados de neve dura, depois sobem uma escada suja e escura e entram num quarto. Aqui há muito fumo, cheira a carne assada e uma cozinheira está diante do fogão a fritar almôndegas. A cozinheira e a ama beijam-se e sentam-se no banco com o homem e começam a falar baixinho. Gricha, de tão agasalhado, sente um calor e um sufoco insuportáveis.
«Por que será?», pensa ele, olhando em volta.
Vê um tecto escuro, a tenaz – cavalinho com dois cornos –, o grande buraco negro do fogão a olhar para ele...
– Maaamã! – chama ele.
– Ai, ai, ai! – grita a ama. – Esperas!
A cozinheira põe na mesa uma garrafa, dois cálices e um bolo. As duas mulheres e o homem dos botões reluzentes brindam e bebem várias vezes, e o homem ora abraça a ama, ora abraça a cozinheira. Depois, começam os três a cantar baixinho.
Gricha estende a mão para o bolo, dão-lhe um bocadinho. Come e observa como a ama bebe... Também quer beber.
– Dá! Ama, dá! – pede ele.
A cozinheira deixa-o dar um gole do seu cálice. Gricha esbugalha os olhos, franze a cara. Tosse e depois abana muito as mãos. A cozinheira olha para ele e ri-se.
De volta a casa. Gricha põe-se a contar à mamã, às paredes e à gata onde esteve e o que viu. Fala menos com a língua do que com a cara e as mãos. Mostra como brilhava o sol, como corriam os cavalos, como o fogão pavoroso olhava para ele e como a cozinheira bebia.
À noite, não havia meio de adormecer. Os soldados com os ramos, as gatas grandes, os cavalos, o vidrinho, a selha com laranjas, os botões reluzentes amalgamavam-se num bloco e oprimiam-lhe a cabecinha. Dava voltas na cama, falava pelos cotovelos e, por fim, não aguentando mais tanta excitação, começou a chorar.
– Tens febre! – diz a mamã, apalpando-lhe a testa. – O que poderia ser?
– Fogão! – chora Gricha. – Vai-te embora, fogão!
– Às tantas comeu de mais... – conclui a mamã.
E Gricha, a extravasar das emoções da vida nova que há pouco experimentara, recebe da mãe uma colher de óleo de rícino.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Saramago redime Caim em seu novo romance
Escritor ataca o catolicismo ao apontar Deus 'como autor intelectual do crime' cometido por Caim
EFE
O escritor português José Saramago volta a atacar a religião em Caim, seu novo romance, que será publicado em outubro e no qual redime o protagonista do assassinato de Abel e aponta Deus "como o autor intelectual do crime, ao desprezar o sacrifício que Caim Lhe havia oferecido".
O romance será levado à Feria do Livro de Frankfurt, que ocorre de 14 a 18 de outubro e no final do mesmo mês chegará às livrarias de Portugal, América Latina e Espanha.
Saramago vai falar pela primeira vez de seu novo livro no lançamento mundial, em Lisboa. Mas o escritor, que passa o verão em sua casa na ilha espanhola de Lanzarote e prepara as malas para voltar a Lisboa, falou à Efe por e-mail que o que pretende dizer com Caim é que "Deus não é de se fiar. Que diabo de Deus é esse que, para enaltecer Abel, despreza Caim?
Quase 20 anos depois de seu discutido livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, que foi vetado pelo governo português para competir pelo Prêmio Europeu de Literatura, o Nobel português faz uma irreverente, irônica e mordaz leitura por diversas passagens da Bíblia, mas não teme que voltem a crucificá-lo.
"Alguns talvez o façam - afirma Saramago - mas o espetáculo será menos interessante. O Deus dos cristãos não é esse Jeová. E mais, os católicos não leem o Antigo Testamento. Se os judeus reagirem não me surpreenderei. Já estou habituado."
No entanto, acrescentou: "Mas é difícil para mim compreender como o povo judeu fez do Antigo Testamento seu livro sagrado. Isso é uma enxurrada de absurdos que um homem só seria incapaz de inventar. Foram necessárias gerações e gerações para produzir esse texto".
José Saramago não considera esse romance seu particular e definitivo ajuste de contas com Deus, porque "as contas com Deus não são definitivas, mas sim com os homens que O inventaram", disse. "Deus, o demônio, o bem, o mal, tudo isso está em nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não nos damos conta de que, tendo inventado Deus, imediatamente nos tornamos Seus escravos", assinalou o autor.
O escritor nega que o fato de ter chegado perto da morte há um ano, quando foi hospitalizado por conta de uma pneumonia, o tenha feito pensar mais em Deus. "Tenho assumido que Deus não existe, portanto não tive de chamá-Lo em uma situação gravíssima na qual me encontrava. Mas se eu o chamasse, e ele aparecesse, que poderia dizer ou pedir a Ele, que prolongasse minha vida?" Saramago diz ainda que "morreremos quando tivermos que morrer. E diz que quem o salvou foram os médicos, Pilar (sua esposa e tradutora) e o excelente coração que tenho, apesar da idade. O resto é literatura, da pior espécie".
Há um ano o escritor surpreendeu seus leitores pela ironia e humor que destilam as páginas de Viagem do Elefante, e agora volta com Caim. Para Saramago é um mistério. "Não foi deliberada nem premeditada, a ironia e o humor que aparecem nas primeiras linhas de ambos os livros. Poderia ter usado uma narrativa solene, mas seria uma estupidez rechaçar o que está sendo me oferecido numa bandeja de prata.
O escritor começou a pensar em Caim há muitos anos, mas começou a escrever o romance em dezembro de 2008, concluindo o texto em menos de quatro meses. "Estava em uma espécie de transe. Nunca havia me sucedido tal coisa, pelo menos com essa intensidade, com essa força", lembra.
Saramago, que uma vez escreveu que "somos contos de contos contando contos, nada" e assim continua. Escreve mais e mais rápido do que nunca (três livros em um ano), talvez a melhor maneira de continuar vivo.
"É verdade. Talvez a analogia perfeita seja a da vela que lança uma chama mais alta no momento em que vai se apagar. De toda maneira, não se preocupem, não penso em me apagar tão rapidamente", conclui.
Em seu blog (blog.josesaramago.org)aparece hoje o anúncio do novo romance e uma carta da presidente da Fundação Saramago, Pilar del Río, em que diz aos leitores do Nobel que este Caim não os deixará indiferentes.
Fuvest 2010: preenchimento do número do Enem 2009 será facultativo na inscrição
O preenchimento do número de inscrição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 será facultativo para os candidatos da Fuvest 2010. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28) pelos organizadores do vestibular.
Segundo a nota, vários candidatos reportaram dificuldade na obtenção do número de inscrição do Enem 2009 junto ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), instituição responsável pelo exame.
Para não prejudicar esses estudantes, a Fuvest irá utilizar o número do CPF para captar a nota do Enem 2009. O preenchimento do CPF é obrigatório para se inscrever na Fuvest 2010.
Veja a nota completa:
"Vários candidatos reportaram dificuldade na obtenção do número de inscrição do Enem 2009, junto ao Inep. Como o número do CPF foi requisitado, tanto na inscrição do Enem, quanto na inscrição do Fuvest 2010, poderemos utilizar tal número para a obtenção da nota, junto ao Inep. Dessa forma, fica facultativo o preenchimento do campo relativo ao número do Enem no formulário de inscrição do Fuvest 2010."
Mais sobre o vestibular da FUVEST
UFPE abre inscrições para o vestibular 2010
A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) abre, nesta sexta-feira (28), o prazo de inscrição para o vestibular 2010. Os interessados podem se inscrever pela internet até as 18h do dia 24 de setembro. Estão em disputa 6.517 vagas.
A taxa de inscrição é de R$ 70, pagos via Guia de Recolhimento da União em qualquer agência do Banco do Brasil. A universidade vai usar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como primeira fase do processo de seleção.
As provas serão realizadas nos dias 20 e 21 de dezembro, das 8h às 12h. O listão dos classificados, com a soma das notas da primeira fase (Enem) e da segunda fase, será divulgado até o dia 31 de janeiro de 2010.
Como se inscrever
O processo de inscrição via internet será idêntico ao utilizado no vestibular anterior. A primeira informação que o candidato terá que fornecer será o seu próprio CPF, e não de familiares, parentes ou amigos.
Durante o preenchimento do formulário eletrônico, será permitido fazer o upload de uma foto, que será anexada à inscrição. Caso não seja possível fazer o envio do arquivo, ele poderá colar a foto no próprio CCI (Comunicado de Confirmação de Inscrição) que será entregue ao fiscal no primeiro dia de prova. Assim como no ano passado, a impressão do CCI ficará a cargo do aluno.
O candidato também vai contar com uma área do site exclusiva para acesso aos seus dados. Será nessa área, por exemplo, que ficará sabendo se sua inscrição foi validada, se o CCI está disponível, se conseguiu isenção de taxa, entre outras informações. Esse acesso será possível a partir do login do candidato (que será o seu próprio CPF) e de uma senha a ser criada no ato da inscrição.
Novos cursos
A instituição terá três novos cursos: o campus Recife passa a oferecer os cursos de sistemas de informação e de engenharia de materiais. Em Vitória de Santo Antão, será iniciado o curso de bacharelado em educação física.
Os novos cursos oferecem 80 vagas adicionais e outras 19 graduações contribuem com mais 476 oportunidades de ingresso universitário para o próximo ano. Há graduações que vão passar por mudanças, como enfermagem/Vitória, que ficará com 30 vagas, e engenharia cartográfica, que passa a ter uma única entrada, com 30 vagas. A expansão faz parte do Reuni (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).
Bônus
É possível receber bônus de 10% na nota final de classificação. O campus Recife concederá o incentivo para os alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas municipais ou estaduais de Pernambuco. Para as unidades acadêmicas do Agreste e Vitória de Santo Antão, serão beneficiados os candidatos de escolas públicas (municipais e estaduais) e particulares que cursaram todo o ensino médio em estabelecimentos de ensino do interior de Pernambuco.
Não haverá nota de corte
Não haverá ponto de corte da primeira para a segunda etapa, cujas provas serão específicas para o curso escolhido. Se o candidato não faltar aos testes do Enem e conseguir pontuar em todas as áreas do conhecimento dessa avaliação, passará automaticamente para a segunda fase.
No primeiro dia da segunda fase, os candidatos farão as provas de português 1 (duas questões discursivas), língua estrangeira 1 (composta por oito questões do tipo múltipla escolha, com cinco alternativas, com questões de espanhol, francês ou inglês), história e química.
No dia seguinte, serão aplicados os testes de geografia, matemática, física, língua estrangeira 2, literatura, biologia, português 2, teoria musical e geometria gráfica. com exceção da prova de português 1 e língua estrangeira 1, as demais provas conterão 16 questões escritas/objetivas, de proposições múltiplas ou questões de resposta numérica.
Na segunda etapa, os conteúdos e os pesos de cada disciplina serão os mesmos dos vestibulares anteriores. Apesar disso, haverá mudanças na composição da nota da primeira etapa. Uma vez que o Enem será composto de cinco avaliações (quatro objetivas e uma redação), o cálculo da nota da primeira etapa precisou ser reajustado. O cálculo da nota será o seguinte: língua portuguesa, 30%; matemática, 15%; ciências humanas, 22,5%; ciências da natureza, 22,5%. Os 10% restantes, referentes à avaliação de língua estrangeira, serão transferidos para a segunda etapa.
Para o cálculo do argumento de classificação do candidato, a primeira fase passa a valer 45% do total do argumento de classificação. A segunda etapa valerá 55% da nota final. Os candidatos farão a redação na primeira etapa, junto com o Enem. A nota da redação do Enem fará parte do cálculo da nota da segunda etapa, que será liberada no dia 8 de janeiro, mantendo-se o ponto de corte de 2,5 para a redação.
Outras informações podem ser obtidas no site do vestibular.
Fuvest abre prazo de inscrições para o vestibular 2010 nesta sexta
A Fuvest abre inscrições para o vestibular 2010 nesta sexta-feira (28). Os interessados em participar do processo seletivo podem se inscrever até o dia 11 de setembro. A taxa de inscrição custa R$ 100 e pode ser paga até o dia 14 de setembro.
O preenchimento do número de inscrição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 será facultativo para os candidatos ao vestbular 2010 da Fuvest. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28) pela instituição.
A instituição lançou um site exclusivo para o processo de inscrição. O endereço é: www.fuvest.com.br.
Estão em disputa 10.797 vagas, sendo 10.607 para a USP; cem para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e 90 vagas (30 para mulheres e 60 para homens) para a Academia de Policia Militar do Barro Branco.
Confira os contemplados com isenção de taxa
Pela primeira vez na sua história, a Fuvest oferece o manual do candidato somente pela internet. As inscrições também poderão ser efetuadas somente pela web.
Fuvest 2010: Manual do Candidato (arquivo em .pdf)
Fuvest 2010: Manual do Candidato da Academia do Barro Branco (arquivo em .pdf)
Calendário
Veja as datas das provas e divulgação de listas.
16/11/2009 - divulgação dos locais de prova da primeira fase.
22/11/2009 - 1ª fase da Fuvest, com 90 testes de múltipla escolha. O vestibulando terá cinco horas para resolver as questões.
14/12/2009 - lista de aprovados na primeira fase.
3/1/2010 - 2ª fase da Fuvest, prova dissertativa de português (dez questões) e redação. Atenção: os candidatos convocados para a segunda fase deverão entregar, no primeiro dia de exame, uma foto 3x4, recente. O tempo de prova é de quatro horas.
4/1/2010 - 2ª fase da Fuvest, com prova dissertativa (20 questões) das disciplinas história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. Cada questão poderá abranger conhecimentos de mais de uma disciplina. O candidato tem quatro horas para acabar a prova.
5/1/2010 - 2ª fase da Fuvest, com 12 questões de duas ou três disciplinas específicas (seis ou quatro de cada), de acordo com a carreira escolhida. A duração do exame é de quatro horas.
Na segunda fase, todo o candidato responderá a um total de 42 questões e elaborará uma Redação, independentemente da carreira escolhida (exceção para os candidatos inscritos nas duas carreiras da Polícia Militar).
Mudanças na Fuvest 2010
No novo formato, a Fuvest 2010 manterá a primeira fase com 90 questões - mas as provas da segunda fase foram alteradas.
A primeira fase também passou a ser eliminatória - ou seja, a nota não conta mais no final do processo seletivo para classificar os estudantes. Apenas elimina quem não tiver desempenho suficiente para chegar à etapa final.
A segunda fase do vestibular vai avaliar todas as matérias do ensino médio. Até a Fuvest 2009, só disciplinas relacionadas ao curso pretendido eram alvo de exames.
Nova ortografia
A Fuvest adotará, nas provas do vestibular 2010, as normas do Acordo Ortográfico da língua portuguesa.
Os candidatos, no entanto, poderão optar por escrever ou não de acordo com as novas regras. Como previsto, há um período de adaptação até 2012, segundo o qual os candidatos poderão optar por seguir, nas provas dissertativas da segunda fase, as novas regras ortográficas ou continuar usando as que estavam em vigor antes do acordo.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
UFSM terá apenas três dias de provas
Ponto de corte do concurso também foi alterado
O edital do Vestibular 2010 da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deve ser liberado até o fim de semana com duas grandes novidades. A primeira é que o concurso terá duração mais curta em relação ao verão passado, quando houve quatro dias de provas. Em janeiro, serão apenas três – dois de provas objetivas e um para a redação. Além disso, o ponto de corte, que selecionava candidatos até o dobro do número de vagas, agora fará uma seleção de até três vezes o número de vagas.
As provas ocorrerão em janeiro de 2010 (veja quadro). As provas objetivas serão nos dias 13 (quarta-feira) e 14 (quinta) pela manhã. A redação, como de praxe, será à tarde, no dia 15 (sexta). Outra novidade é o número menor de questões: serão 10 por disciplina, diferentemente das 15 de janeiro passado.
A decisão por fazer um vestibular mais curto tem relação com a avaliação positiva da universidade em relação à duração do concurso extraordinário, que ocorreu nos dias 30 e 31 de maio deste ano. Diminuir o estresse físico e emocional dos candidatos é outro argumento que foi usado para defender a ideia.
As inscrições para o Vestibular 2010 poderão ser feitas de 21 de setembro a 30 de outubro. O número de vagas deve ficar em torno de 3,8 mil.
Serão oferecidos todos os cursos que estavam em disputa no Vestibular 2009, no concurso extraordinário – realizado em maio – e também os aprovados pelo Conselho Universitário da UFSM a partir de abril. Serviço Social, Comunicação Social – Produção Editorial e Sociologia (licenciatura) estão entre eles.
fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA
Inscrições para o vestibular da UFRGS começam no dia 2 de setembro
CPF será obrigatório este ano para todos os candidatos
Com o maior crescimento dos últimos 10 anos (405 novas vagas), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) abre no dia 2 de setembro o período de inscrições para o concurso 2010. Os candidatos terão até 4 de outubro para garantir a participação pela internet, no site www.vestibular.ufrgs.br. As provas estão marcadas para o período de 10 a 13 de janeiro, na Capital, na Serra e no Litoral.
Além de sete novas graduações (veja box abaixo) e de poder somar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 na média harmônica, a lista de cursos da universidade mudou para quem pensa em cursar Física ou Química. Na primeira opção, o candidato terá de escolher entre quatro alternativas (Astrofísica, Computacional, Materiais e Nanotecnologia e Pesquisa Básica). Na Química, o curso diurno aparece uma só vez, mas o ingresso possibilitará a conclusão no bacharelado em Química, no curso de Química Industrial ou, ainda, no curso de Tecnologia em Química Analíticas.
No ato da inscrição, o candidato deverá obrigatoriamente fornecer o número do seu CPF. Também deverá optar pelo aproveitamento do resultado obtido no Enem, informar o tipo de ingresso (se é cotista ou não) e escolher a cidade onde deseja prestar as provas. A seleção ocorrerá simultaneamente em Porto Alegre, Bento Gonçalves e Imbé/Tramandaí.
Na UFRGS, as vagas são ocupadas pelo sistema de acesso universal. O candidato que deseja concorrer também à reserva de vagas deve assinalar sua opção como egresso do ensino público ou candidato egresso do ensino público autodeclarado negro. Para os cotistas, são reservadas 30% das vagas, sendo metade (15%) para negros, que devem comprovar pelo menos a metade do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio na rede pública.
Conforme o edital, as provas específicas para os cursos de Artes Visuais, Música e Teatro serão aplicadas de de 13 a 23 de outubro, na Capital. Para os demais candidatos, o vestibular apresenta nove provas com 25 questões cada e uma redação. Serão oferecidas cinco opções para língua estrangeira: alemão, espanhol, francês, inglês ou italiano.
Portadores de necessidades especiais podem solicitar atendimento após a confirmação da inscrição, em formulário específico, até o dia 9 de outubro. Estudantes sem acesso a internet podem utilizar os computadores da universidade, na Rua Ramiro Barcelos, 2.574, Portão K, bairro Santa Cecília, das 9h às 18h. O manual do candidato estará disponível para download a partir do dia 2. Cópia impressa também poderá ser adquirida por R$ 5.
Preste atenção
Este ano, a UFRGS vai exigir o CPF do candidato no vestibular. Para obter o documento, dirija-se a uma unidade de atendimento do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou dos correios.
Inscrições
Onde: www.vestibular.ufrgs.br
Quando: de 2 de setembro até as 23h59min do dia 4 de outubro
Taxa: R$ 100
Provas: de 10 a 13 de janeiro, às 8h30min
O calendário
Dia 10 de janeiro — Física, literatura e língua estrangeira (4 horas e 30 minutos)
Dia 11 de janeiro — Português e redação 4 horas e 30 minutos (4 horas e 30 minutos)
Dia 12 de janeiro — Biologia, química e geografia (4 horas e 30 minutos)
Dia 13 de janeiro — História e matemática (4 horas e 30 minutos)
Novas opções
Administração Pública e Social (noturno)
Biotecnologia
Engenharia de Energia
Engenharia Física
História da Arte (noturno)
Políticas Públicas (noturno)
Serviço Social (noturno)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Euclides da cunha: ''Em Canudos, a reviravolta e opinião'' (Walnice Nogueira Galvão)
''Em Canudos, a reviravolta e opinião''
Todos sabem que o arcabouço d''Os Sertões trata do confronto entre um movimento messiânico milenarista sertanejo e as Forças Armadas.
O esquema do livro, como também se sabe, é nitidamente determinista. São três partes: A Terra, O Homem e A Luta. Quando Euclides começa a escrever a primeira parte do livro, que, a meu ver, é a mais bela, ele vai fazer o quê? Vai começar pela constituição geológica do continente americano. Trata, então, do solo, e também da flora, da fauna, do clima, do fenômeno da seca, etc. Isso constitui o sumário da primeira parte.
Na segunda parte, que se chama O Homem, ele tratará do povoamento e da miscigenação como processo. Sobre essa segunda parte, quem vai se estender é a colega Lilia Schwarcz, especialista no assunto. Eu passo, então, em seguida a falar da Luta, que é subdividida em seis capítulos e tem o mesmo número de páginas que as duas anteriores somadas. Trata-se da parte maior do livro.
É bom não perder de vista o seguinte: que essa parte que se chama A Luta - e que deveria ser, em princípio, apenas a crônica da guerra - tem trunfos, tem ardis literários e, por isso, deflagra retroativamente as duas partes iniciais.
A Terra, entre as muitas coisas brilhantes que efetua, realiza a metaforização narrativa dos vegetais.
Conforme a analogia positiva, temos ali o elogio da resistência dos vegetais, suas virtudes morais e seu caráter de plantas sociais. Ou seja: trata-se de alegorias do sertanejo, de quem essas plantas são aliadas e protetoras, porque elas, além de apoiarem umas às outras, repelem o invasor.
Afora a analogia positiva, nós temos também o trabalho da analogia negativa, em que esses vegetais aparecem da seguinte maneira: o mandacaru, aquele cacto enorme, é chamado de espectro de árvore. Naqueles entrançados de espinhos, que existem no sertão, se retêm farrapos das fardas dos soldados que passaram por lá. Ainda mais: cabeça-de-frade, que é um cacto redondo, espinhento, que produz uma vez por ano uma única flor rubra, é comparado a um conjunto de cabeças decepadas - que só aparecerão na última parte do livro, na qual vamos saber da prática sistemática da degola dos prisioneiros.
Também nessa parte inicial se fala de Canudos pela primeira vez, quando Euclides diz que um soldado estava deitado à sombra de uma árvore, ''descansando'', havia três meses, ou seja, ele estava morto e mumificado pela secura dos ares do sertão. É assim que o leitor tem contato com Canudos pela primeira vez no livro. Em seguida, isso é replicado pelo cavalo, igualmente mumificado, que, preso meio de pé numas pedras, mostra sua crina esvoaçante, de modo que também tem a aparência enganosa da vida.
Quanto à Luta, vocês sabem que foram necessárias quatro expedições para conseguir debelar a insurreição do Arraial. E o fim da guerra se deu no dia 5 de outubro de 1897. Antes que a luta terminasse, o que se divulgava era que se tratava de uma conspiração monarquista internacional, que tinha Canudos como foco e por objetivo restaurar o império. E o que aconteceu quando a guerra acabou? Quando a guerra acabou, o que surgiu foi a resistência admirável dos canudenses e um massacre de gente pobre, mal armada e mal alimentada.
É preciso lembrar que, quando a República foi instaurada no Brasil, houve uma série enorme de levantes disseminados pelo território nacional, algo normal quando ocorre uma mudança de regime violenta como essa. Mas a Guerra de Canudos foi o último desses movimentos. Quer dizer, tamanha repressão, tamanha convocação dos brios do Brasil inteiro acabaram fazendo com que a República saísse do conflito consolidada. Consolidada à custa do sangue dos canudenses, evidentemente, mas consolidada.
E o que Os Sertões expressa? Expressa exatamente uma reviravolta de opinião. Quando Euclides da Cunha foi para Canudos, como todo mundo no Brasil, ele pertencia àquela opinião unânime de que lá havia uma conspiração monarquista, que significava um retrocesso para o País. Mas quando chegou ao cenário da guerra, Euclides começou a ver que as coisas eram um pouco diferentes. Já se encontram no Diário de Uma Expedição os primeiros sinais de uma mudança, da reviravolta que iria se operar nele. Euclides da Cunha trazia da Escola Militar uma boa bagagem. Ele tinha estudado geologia, mineralogia, botânica, química, física, ótica, astronomia, geodésica, mecânica racional, as matemáticas, etc. Só que eram matérias de currículo; nada era muito aprofundado, como se pode notar lendo Os Sertões. Mas se percebe também que esses saberes adquiridos na Escola Militar afinam as vistas com que Euclides avalia Canudos e a guerra. Lembremos também que ele fez estudos novos para escrever o livro. Foi estudar a história de Portugal e do Brasil, especialmente a colonização e o povoamento; estudou noções de antropologia, de sociologia, de folclore, de psicologia social e daquilo que se chamava de ''comportamento normal das multidões'''', porque os cientistas sociais andavam muito preocupados com a Revolução Francesa, que mobilizara massas revolucionárias nas ruas.
O que nós vamos ter, então, em relação ao conjunto dos saberes de Euclides? Ele mobiliza tudo isso. Vamos encontrar, misturadas nas páginas da obra, por exemplo, teorias sobre a origem do fenômeno endêmico das secas e interpretações psicocriminais da instabilidade nervosa dos mestiços. Ou então uma crítica às táticas do exército misturada com análises de preceitos religiosos e de heresias ao longo da história.
Com tudo isso, Os Sertões cumpriu sua missão: erigir um monumento literário à memória dos canudenses, imolados no altar da modernização trazida pela República que se abatera sobre eles.
esde a primeira leitura de Os Sertões, eu lembro que me chamava a atenção, logo na nota introdutória, a passagem de uma frase: ''Gumplowicz, maior do que Hobbes.'' Obviamente, eu não sabia quem era Gumplowicz - se alguém aqui souber, parabéns, porque eu não sabia até relativamente pouco tempo atrás. Numa das minhas leituras, já adulto, releitura, aliás, de Os Sertões, eu me deparei outra vez com a frase e disse: ''Não é possível que a esta altura da vida não saiba ainda quem é Gumplowicz.'' Procurei nas enciclopédias acessíveis, desde logo a Britânica - nenhuma referência. Até encontrar informações sobre ele na Enciclopédia Italiana, enciclopédia fascista. Fascista, sim, mas que tem um pequeno verbete sobre Ludwig Gumplowicz. Eu lhes dou os dados muito rapidamente.
Gumplowicz era um polonês, nascido em 1838 na Cracóvia e foi professor numa pequena cidade da Áustria, Graz, onde morreu em 1909. No fim do século 19 e início do século 20, a Polônia pertencia ao Império Austro-Húngaro e a língua da elite, ou pelo menos do grupo docente e administrativo, era o alemão. Então, Gumplowicz tinha escrito nesse idioma um livro chamado A Luta das Raças. Euclides não lia em alemão; se já lia muito mal o inglês, imagine o alemão. Mas descobri que o livro teve uma tradução francesa e deve ter sido nessa língua que Euclides o leu.
É uma obra pequena, sem grandes dificuldades de leitura. Para minha surpresa, lendo o livro, eu me disse: ''Não, este não pode ser o autor que Euclides cita!'' Por quê? Porque esse autor é todo o oposto do ''darwinismo social'' que ele esboçava.
E o que Gumplowicz diz explicitamente? Em poucas palavras, depois de reconhecer os méritos de Darwin, de dizer no que se afasta do autor de A Origem das Espécies, ele vai admitir que as raças não tinham uma origem única, ou não tinham um tipo único, e sofriam variações de acordo com as condições do meio. No livro, Gumplowicz explica que não se podem testar as ditas leis universais nesse caso, porque estamos falando de um tempo de milênios de anos, em que não há um testemunho disso. Mas, acreditava, podemos bem imaginar que se tratasse de uma multiplicidade muito grande de grupos humanos - e que esses grupos guerreavam entre si. Aqueles que venciam cresciam em número, aumentavam, incorporando os vencidos. Então, o primeiro critério do que se entendia como raça era um critério de ordem social, ou seja: de, família, clã, tribo, grupo vencedor. Grupo ''vencedor'', leia-se ''raça vencedora'' - então, leia-se ''raça mais forte''. Grupo ''vencido'', leia-se ''raça inferior''.
''Raça'', portanto, é um critério - falando com os termos de hoje - antes sociocultural do que biológico. Gumplowicz acrescenta: ''É verdade que a ideia de laço de sangue é um elemento mais forte, contudo, se trata de um elemento posterior.'' Ou seja, o laço de sangue, a base do que a gente entende como raça se estabelece depois que aqueles critérios socioculturais se verificam.
Na análise de Os Sertões interessava-me resolver esse enigma. Acho muito estranho que, depois de um século de estudos euclidianos, eu não haja encontrado nenhum trabalho que se referisse ou que analisasse Gumplowicz. Talvez alguém possa me desmentir. Mas o fato é que, havendo referência ou não, a análise do debate da divergência da leitura de Euclides em relação ao que o polonês dizia, esse debate, que eu saiba, foi estabelecido apenas num livro que eu escrevi no fim do século passado, chamado Terra Ignota.
Outro ponto sobre o qual eu vou evitar me estender agora, por questão de tempo, é: como seria Os Sertões se Euclides tivesse lido Gumplowicz corretamente? A ideia básica do cristal de rocha, da essência da nacionalidade, da necessidade de passar um tempo para que nós superássemos a mestiçagem - que é, do ponto de vista da antropologia biológica, um crime, etc., etc. -, tudo isso cairia fora d''Os Sertões. Insisto: o que seria de Os Sertões se Euclides tivesse bem lido Gumplowicz? Mas essa é uma questão que eu deixo, seguindo o estilo das telenovelas, para um próximo capítulo.
s Sertões representa um exemplo extremo de obra em que criador e criatura pouco se distinguem. De um lado, não há mais como falar do episódio de Canudos sem mencionar o autor. De outro, eu diria que a memória é sempre traiçoeira: o escritor se mistura com Antônio Conselheiro, como bem mostrou Roberto Ventura.
Eu me deterei aqui na segunda parte de Os Sertões, O Homem. Ela me parece ser mais lamentada do que destacada. O ataque se dirige justamente ao suposto engano de Euclides da Cunha ao se apoiar na bibliografia herdada do darwinismo social, a qual condenava o cruzamento de raças e via nesse cruzamento um forte sinal de degeneração - e também da falta de futuro da nossa nacionalidade.
Nesta primeira parte do livro, o sertão de Canudos é a síntese dos contrastes. Noites geladas com sóis ardentes; região hostil com ambiente acolhedor; o cacto que pica, mas dá suco doce; a seca que é problema, e é também solução. Mas a natureza é, sobretudo, personagem e as ações interferem diretamente não só no meio físico como também no homem. O homem é entendido como mimese da natureza. As espécies diferentes da natureza vão ser encontradas agora nos homens, que serão também variados. Raças, diferentemente do que diziam os teóricos da época, até mesmo aqueles que Euclides cita, não são estáticas, se modificam na luta pela vida. Assim como as espécies vegetais, convivem e se alteram no contato com o ambiente físico.
Euclides da Cunha vai estabelecendo esse jogo de simetrias entre a natureza, o homem e o social e desenhando um quadro que a todo o momento se move. O sertanejo é síntese do clima, do solo e das condições de vida. É síntese de sua história. Por isso, diz Euclides, ele é foco de contraste, como a natureza. É valente, mas supersticioso; é forte, porém raquítico; é generoso, mas fanático. Não por acaso, Euclides da Cunha cita a nata do darwinismo social - Broca, Morton -, assim como outros autores, caso de Gumplowicz, já mencionado aqui. Diferentemente das raças estacionadas e em equilíbrio, o mestiço brasileiro estaria em formação e seria um retardatário nesse processo evolutivo. Interessava a Euclides pensar num mestiço específico: o sertanejo.
Seu argumento é claro: não teríamos uma raça; seríamos um exemplo de formação futura. E aí vem a grande frase de Euclides da Cunha: ''Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos.'' O progresso aqui aparece como danação, não exatamente como um ganho. O dilema desta geração da República Velha era o dilema de duvidar da civilização e, dessa maneira, também da própria modernidade. Euclides divide o País em três partes, três regiões geográficas: o Norte, o Centro em transição e o Sul. E as três áreas estabelecem três zonas climáticas distintas. E, segundo ele, a história traduziria notavelmente a modalidade mesológica. Tudo se relaciona. Teríamos, portanto, duas histórias distintas, a do Norte e a do Sul; igualmente, duas formas de desconhecimento, ou melhor, se todos conheciam o Sul, o Norte surgia como absolutamente desconhecido, um meio físico encravado entre os canaviais da costa e o sertão do interior. O mar e o deserto. Mais uma vez o contraste; outra vez a relação meio, história e formação étnica. Por isso, não existiria uma formação étnica, ou um traço de conformidade, ao contrário restaria, mais um termo de Euclides da Cunha, uma sub-raça efêmera.
É nesse momento do livro que Euclides introduz um trecho, talvez o mais controverso da obra, chamado Parênteses Irritantes. Abramos esses parênteses. O suposto é claro: ''A mistura de raças mui diversas é, na maioria dos casos, prejudicial.'' A mistura é ''quase sempre'' prejudicial e o mestiço é ''quase sempre'' um desequilibrado - e dá-lhe termos negativos (''decaído'', ''híbrido moral'', etc.); nesse caso, ''a raça forte não destrói a fraca, esmaga-a pela civilização''. É nesse momento que entendemos as ressalvas que marcam o começo desses Parênteses. Euclides da Cunha usa termos como ''quase sempre'', ''na maioria das vezes'', não por exercício de estilo, mas para salvaguardar o sertanejo. Ou seja, diferentemente do mestiço do litoral, esse sim um decaído, o sertanejo seria um isolado, um retrógrado, mas não um degenerado. Nesse mar de mestiçagem, Euclides salva o sertanejo. Não esqueçamos que nesse momento o médico baiano Nina Rodrigues fazia todas as suas teorias em Salvador sobre a falência das raças cruzadas. É impossível obliterar também o papel de Sílvio Romero, que condenava a mestiçagem, ou então o papel que o Brasil cumpriria em 1911, no Congresso Universal das Raças, quando João Batista Lacerda escreve um texto, apoiado em Roquete Pinto, e diz que em três séculos, ou melhor, três gerações, seríamos brancos. Três séculos, nesse caso, espelhados na obra de Brocos, que é um artista acadêmico, que pinta especialmente a tela A Redenção de Cã para expressar como em três gerações seríamos brancos.
O sertanejo se transforma, antes de tudo, em um forte. É nessa parte do livro que Euclides da Cunha destaca a definição do sertanejo, como um ''Hércules Quasímodo''. Aí está o auge do jogo das antíteses, ou seja, a ideia de que ele é ambos ao mesmo tempo. Ele é forte e fraco; imenso e diminuto - mas, sobretudo, é um desconhecido; ele, o sertanejo, é um isolado. Euclides alega a falta de existência de historiadores do sertão; ele seria o historiador do sertão, e vai entrando agora na figura de Antônio Conselheiro. Ou seja, se o sertanejo é um forte, o Conselheiro é síntese também, é condensação, é resumo abreviado desse mal gravíssimo. A vida de Antônio Conselheiro é detidamente descrita, assim como o episódio de sua separação da esposa - segundo Euclides da Cunha, uma sobrecarga adicionada à carga hereditária. O Conselheiro nunca mais teria olhado para as mulheres; falava de costas com as beatas.
Canudos, afirma Euclides, foi o refluxo da nossa história. Refluxo, eu diria, que escancarava as mazelas da nossa modernidade. O livro termina como uma denúncia, um lamento. E eu gostaria de ler apenas um trecho, quase no final do livro, quando Euclides diz: ''Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores. Eram 4 apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.''
Denunciar é, de algum modo, levar ao conhecimento - e Euclides se valeu de seu testemunho para falar da situação in loco.
Eu diria que aí está a pena forte dessa geração, dessa geração melancólica da República, dessa República que logo ficou velha. A geração de Lima Barreto, de Euclides, de Rondon, que padeceu dos males da modernidade. Nos termos de Lévi-Strauss, bárbaro é aquele que acredita na própria barbárie. Euclides da Cunha partira cético para os sertões em guerra e voltara duvidoso. Quem sabe tudo não passasse de um grande mal-entendido. Duas realidades distintas, duas sociedades distintas. Euclides usou as ferramentas que tinha na sua época, as ferramentas ''certas'' do determinismo. Tudo era previsível: geografia, climas, homens e raças. O corpo de Conselheiro entrava para sempre no imaginário da República Velha - mais uma vez como divisão. Corpo e alma, corpo e carne, na representação de Euclides da Cunha, que falava dos cadáveres dos soldados, das cabeças decepadas, das pernas que pendiam no galho flexível. Mas havia naquela época outras batalhas corporais. Enquanto a corte recebia o corpo do Conselheiro, não se pode esquecer que, naquele momento, o único personagem histórico que vingara era Tiradentes. Como não existia qualquer imagem dele, a República tratou de criá-la - e aproximou o herói cívico do herói religioso. Temos, portanto, a partir de Os Sertões, uma obra de fundação. E aí o termo se explica: uma obra de reprodução e de releitura, a formação de muitos heróis. E anti-heróis.
Eu não pretendo, claro, ter esgotado nada aqui. Apenas tentei refletir junto com Euclides sobre certezas e incertezas daquela época, sobre os determinismos de todas as ordens - e termino com a imagem da vertigem.
Euclides da Cunha chegou ao cenário da luta com cardápio pronto, paisagem montada, mas o repórter do sertão esqueceu a câmera fotográfica e as próprias certezas. E choveu no sertão, mesmo se ali não despontou o mar. Quem sabe ao menos a maresia.
ABL inaugura exposição sobre Euclydes da Cunha com cartas e objetos pessoais
ABL inaugura, nesta quinta-feira (27), mostra em homenagem a Euclydes da Cunha
Para dar sequência à série de homenagens que celebram o centenário da morte do escritor Euclydes da Cunha, a Academia Brasileira de Letras (ABL) inaugura, nesta quinta-feira (27), às 17h30, a exposição "Euclides, um Brasileiro", que oferece um panorama iconográfico, textual e documental do autor de "Os Sertões". A mostra ocorre no Centro Cultural da ABL, no Rio de Janeiro (RJ).
Até o fim de novembro, os visitantes terão acesso às primeiras edições de todas as obras de Euclydes da Cunha (incluindo as traduções), à troca de cartas com Machado de Assis, Afonso Celso e José Veríssimo, entre outros, além de poder ver objetos pessoais, cartões postais manuscritos e fotos.
O escritor foi o segundo ocupante da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 1903 e recebido em 1906. Para saber mais informações, acesse: www.academia.org.br
Paulo Coelho disponibiliza 3 livros inéditos para download gratuito [Obs: preço justo para essa mercadoria]
(EFE).- O escritor Paulo Coelho disponibilizou hoje na internet, para download gratuito, dois romances inéditos e uma coleção de textos já traduzidos em vários idiomas, como um presente a seus fãs no dia de seu aniversário.
"Meu presente para vocês em meu aniversário", anunciou Coelho, em seu perfil na rede social virtual Twitter, em comemoração a seus 62 anos, que completa hoje.
Os leitores poderão encontrar os romances no blog oficial do escritor, em vários idiomas e em diferentes formatos, desde PDF à versão adaptada a diversos aparatos digitais de leitura como o Kindle, da Amazon, o Sony Reader e o iLiad.
O primeiro romance, "O Caminho do Arco", traduzido para inglês, espanhol, italiano e alemão, conta a história de um arqueiro que transmite suas doutrinas a uma criança em seu povoado, segundo a resenha publicada no blog do autor.
Coelho utiliza da metáfora do arco e flecha para aprofundar ideias como o esforço cotidiano, a superação das dificuldades e a coragem para tomar decisões arriscadas.
Com versões em português e inglês, "Histórias para os Pais, Filhos e Netos" é uma coleção de relatos alegres, surpreendentes e dramáticos, baseados em lendas e contos tradicionais de diferentes culturas, dedicados a leitores de todas as idades.
Já o "Guerreiro da Luz" apresenta uma coleção de textos escritos por Coelho na internet e que estão unidos pela busca do "guerreiro da luz" que "cada um" tem em seu interior, segundo o escritor.
Os textos ocupam nada menos que três volumes e são oferecidos ao leitor em português, inglês e francês.
Federal de Pelotas divulga novos cursos
Estudantes terão 21 novas opções de graduação na UFPel
No próximo verão, os estudantes terão 21 novas opções de graduação na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Para o concurso, que selecionará estudantes exclusivamente por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estão confirmadas 790 vagas a mais, resultado da expansão acadêmica promovida pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Os aprovados terão ingressos divididos no primeiro e no segundo semestres do ano.
Entre os currículos, cinco são novidades no Estado: quatro cursos tecnológicos (em Prótese Dentária, Rochas Ornamentais, Terapia Ocupacional e Higiene Dental) e o de Bioinformática, que estreia em 2010 como uma ênfase do curso de Biotecnologia na UFRGS. Confira a relação.
Ingresso no 1º semestre
- Ciências Contábeis
- Educação Física (licenciatura/noturno)
- Jornalismo e Comunicação (Bacharelado)
- Relações Internacionais
- Tecnologia em Finanças
- Tecnologia em Gestão Pública
Ingresso no 2º semestre
- Bioinformática
- Design de Produto
- Tecnologia em Economia de Empresas
- Engenharia da Computação
- Engenharia de Produção
- Física Computacional
- Tecnologia em Geoprocessamento
- Tecnologia em Higiene Dental
- Letras (licenciatura/Chinês)
- Música (Popular e Regência de Coral)
- Psicologia
- Tecnologia em Prótese Dentária
- Tecnologia em Rochas Ornamentais
- Tecnologia em Terapia Ocupacional
Fonte: ZERO HORA
Federal do Paraná abre inscrições para o vestibular 2010 nesta segunda-feira
A UFPR (Universidade Federal do Paraná) começa a receber as inscrições para o vestibular 2010 às 8h desta segunda-feira, 24 de agosto. O prazo termina às 16h de 30 de setembro e a taxa de inscrição custa R$ 72. A taxa para treineiros é de R$ 70.
Candidatos que não têm condições para pagar esses valores podem pedir isenção de taxa entre os dias 14 e 18 de setembro.
Provas
As provas do vestibular tiveram as datas alteradas para que os estudantes das escolas do Paraná possam estudar todo o conteúdo curricular até o final do ano. No Estado, o início das aulas foi adiado para 17 de agosto, para evitar a propagação do vírus da gripe A (H1N1).
Com a mudança, a primeira fase do vestibular, que ocorreria em 15 de novembro, passa para o dia 29 de novembro. A segunda fase, que seria aplicada em 6 e 7 de dezembro, foi transferida para os dias 12 e 13 do mesmo mês. Segundo o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, a mudança foi feita para atender às diversas solicitações de estudantes.
Além da mudança de datas, a prova do dia 12 de dezembro sofrerá também redução na duração de 5 horas para 4h30. Segundo comunicado realizado na última sexta-feira (21), a UFPR ainda irá decidir se o número de questões discursivas também sofrerá alterações.
Religião
Os candidatos que, por convicção religiosa, sentirem-se impedidos a fazer a prova do primeiro dia da segunda fase (12/12), receberão um atendimento diferenciado.
Eles devem entrar no mesmo horário que os demais candidatos, e aguardar, incomunicáveis, até o pôr-do-sol, quando começarão a resolver a prova. Esses candidatos deverão apresentar um requerimento com esse pedido, acompanhado por uma declaração.
Novidades
No vestibular 2010 a UFPR oferecerá duas novas opções de cursos de graduação: biomedicina (manhã e tarde), com 30 vagas, em Curitiba; e ciências biológicas com ênfase em gestão ambiental (manhã e tarde), com 80 vagas, em Palotina.
Com isso, serão ofertadas 5.334 vagas em 91 cursos. Mais de um terço dessas vagas (33,9%) são para cursos noturnos e 81,8% são para cursos que iniciam no primeiro semestre do ano que vem.
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 será contado como parte (10%) do desempenho final. Ou seja, quem não fizer o Enem desse ano terá somente 90% da nota. Os dados referentes à inscrição no exame devem ser informados no ato da inscrição do vestibular.
Edições do Enem anteriores a 2009 não serão consideradas.
Feira de profissões
Entre os dias 11 e 13 de setembro a UFPR fará a 7ª edição da feira "UFPR Cursos e Profissões" - evento realizado anualmente, que reúne estandes de todos os seus cursos de graduação.
A feira estará aberta das 8h às 18h, no campus Jardim Botânico da universidade (Avenida Prefeito Lothário Meissner, 632, em Curitiba). A entrada é gratuita. O público-alvo preferencial são alunos do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas.
Veja os cursos que serão oferecidos no vestibular 2010:
-biomedicina (manhã e tarde);
-ciências biológicas com ênfase em gestão ambiental - palotina (manhã e tarde);
-arquitetura e urbanismo (tarde);
-engenharia elétrica (noite);
-engenharia industrial madeireira (noite);
-engenharia mecânica (noite);
-história (noite);
-letras italiano ou português/italiano (manhã);
-letras japonês (noite);
-letras polonês (noite);
-química (noite);
-tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas (tarde);
-tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas (noite);
-tecnologia em aqüicultura - palotina (noite);
-tecnologia em aqüicultura - pontal do paraná (manhã/tarde);
-tecnologia em biocombustíveis - palotina (noite);
-tecnologia em biotecnologia - palotina (noite);
-tecnologia em comunicação institucional (tarde);
-tecnologia em construção de instrumentos musicais (manhã e tarde);
-tecnologia em gestão da qualidade (noite);
-tecnologia em negócios imobiliários (noite);
-tecnologia em produção cênica (noite);
-tecnologia em secretariado executivo (noite).
Outras informações podem ser obtidas no site da UFPR.
domingo, 23 de agosto de 2009
Homenagem a Raul Seixas - Raul explica Gita
Gita
Composição: Paulo Coelho / Raul Seixas
"Eu que já andei
Pelos quatro cantos do mundo
Procurando
Foi justamente num sonho
Que Ele me falou"
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado...
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar...
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mêdo de amar...
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição...
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada...
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar...
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim...
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor...
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo...
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão...
Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio...
Clipe completo:
sábado, 22 de agosto de 2009
Gripe suína: UFPR muda datas do vestibular para que alunos possam estudar
A UFPR (Universidade Federal do Paraná) alterou as datas do vestibular 2010 para que os estudantes das escolas do Paraná possam estudar todo o conteúdo curricular até o final do ano. No Estado, o início das aulas foi adiado para 17 de agosto, para evitar a propagação do vírus da gripe A (H1N1).
Com a mudança, a primeira fase do vestibular, que ocorreria em 15 de novembro, passa para o dia 29 de novembro. A segunda fase, que seria aplicada em 6 e 7 de dezembro, foi transferida para os dias 12 e 13 do mesmo mês. Segundo o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, a mudança foi feita para atender às diversas solicitações de estudantes.
Além da mudança de datas, a prova do dia 12 de dezembro sofrerá também redução na duração de 5 horas para 4h30. Segundo comunicado realizado nesta sexta-feira (21), a UFPR ainda irá decidir se o número de questões discursivas também sofrerá alterações.
Religião
Os candidatos que, por convicção religiosa, sentirem-se impedidos a fazer a prova do primeiro dia da segunda fase (12/12), receberão um atendimento diferenciado.
Eles devem entrar no mesmo horário que os demais candidatos, e aguardar, incomunicáveis, até o pôr-do-sol, quando começarão a resolver a prova. Esses candidatos deverão apresentar um requerimento com esse pedido, acompanhado por uma declaração.
Novidades
No vestibular 2010 a UFPR oferecerá duas novas opções de cursos de graduação: biomedicina (manhã e tarde), com 30 vagas, em Curitiba; e ciências biológicas com ênfase em gestão ambiental (manhã e tarde), com 80 vagas, em Palotina.
Com isso, serão ofertadas 5.334 vagas em 91 cursos. Mais de um terço dessas vagas (33,9%) são para cursos noturnos e 81,8% são para cursos que iniciam no primeiro semestre do ano que vem.
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 será contado como parte (10%) do desempenho final. Ou seja, quem não fizer o Enem desse ano terá somente 90% da nota. Os dados referentes à inscrição no exame devem ser informados no ato da inscrição do vestibular.
Edições do Enem anteriores a 2009 não serão consideradas.
Inscrições
As inscrições para o vestibular 2010 começam às 8h da próxima segunda-feira, 24 de agosto, e terminam às 16h de 30 de setembro. A taxa de inscrição custa R$ 72. A taxa para treineiros é de R$ 70.
Candidatos que não têm condições para pagar esses valores podem pedir isenção de taxa entre os dias 14 e 18 de setembro. Um edital específico normatizará os procedimentos desses pedidos.
Feira de profissões
Entre os dias 11 e 13 de setembro a UFPR fará a 7ª edição da feira "UFPR Cursos e Profissões" - evento realizado anualmente, que reúne estandes de todos os seus cursos de graduação.
A feira estará aberta das 8h às 18h, no campus Jardim Botânico da universidade (Avenida Prefeito Lothário Meissner, 632, em Curitiba). A entrada é gratuita. O público-alvo preferencial são alunos do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas.
Veja os cursos que serão oferecidos no vestibular 2010:
-biomedicina (manhã e tarde);
-ciências biológicas com ênfase em gestão ambiental - palotina (manhã e tarde);
-arquitetura e urbanismo (tarde);
-engenharia elétrica (noite);
-engenharia industrial madeireira (noite);
-engenharia mecânica (noite);
-história (noite);
-letras italiano ou português/italiano (manhã);
-letras japonês (noite);
-letras polonês (noite);
-química (noite);
-tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas (tarde);
-tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas (noite);
-tecnologia em aqüicultura - palotina (noite);
-tecnologia em aqüicultura - pontal do paraná (manhã/tarde);
-tecnologia em biocombustíveis - palotina (noite);
-tecnologia em biotecnologia - palotina (noite);
-tecnologia em comunicação institucional (tarde);
-tecnologia em construção de instrumentos musicais (manhã e tarde);
-tecnologia em gestão da qualidade (noite);
-tecnologia em negócios imobiliários (noite);
-tecnologia em produção cênica (noite);
-tecnologia em secretariado executivo (noite).
Outras informações podem ser obtidas no site da UFPR.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Conheça os finalistas do Prêmio Jabuti 2009; vencedores serão divulgados em setembro
Após apuração nesta quinta-feira (20), a Câmara Brasileira do Livro divulgou lista com os 10 finalistas das 20 categorias do Prêmio Jabuti, neste ano em sua 51ª edição. Como parte das comemorações do ano da França no Brasil, também foram anunciados os concorrentes na categoria Tradução de Obra Literária Francês-Português".
Os três vencedores de cada categoria serão anunciados às 10h de 29 de setembro, exceto os ganhadores das categorias Livro do Ano Ficção e Livro do Ano Não-Ficção, que serão revelados na cerimônia de premiação, no dia 4 de novembro, na Sala São Paulo.
Veja os nomes dos finalistas na lista abaixo:
Romance
Flores Azuis (Cia. das Letras), de Carola Saavedra
Cordilheira (Cia. das Letras), de Daniel Galera
Orfãos do Eldorado (Cia. das Letras), de Milton Hatoum
Galiléia (Objetiva), de Ronaldo Correia de Brito
Satolep (Cosac Naify), de Vitor Ramil
Manual da Paixão Solitária (Schwarcz), de Moacyr Scliar
A Parede no Escuro (Record), de Altair Martins
O Livro Dos Nomes (Cia. das Letras), de Maria Esther Maciel
Um Livro Em Fuga (Record), de Edgard Telles Ribeiro
Heranças (Rocco), de Silviano Santiago
Contos e Crônicas
Canalha! (Bertrand Brasil), de Fabricio Carpinejar
101 Crônicas - Ungáua! (Publifolha), de Ruy Castro
Ó (Iluminuras), de Nuno Alvares Pessoa de Almeida Ramos
Rasif (Record), de Marcelino Freire
Ostra Feliz Não Faz Pérola (Planeta), de Rubem Alves
Os Comes e Bebes Nos Velórios Das Gerais e Outras Histórias (Auana Editora), de Déa Rodrigues da Cunha Rocha
Ping Pong - Chinês Por Um Mês: As Aventuras de Um Jornalista Brasileiro Pela China Olímpica (Manuela Editorial), de Felipe Machado
Crônicas e Outros Escritos de Tarsila do Amaral (Editora Unicamp), de Laura Taddei Brandini (Org.)
Antologia Pessoal (Record), de Eric Nepomuceno
Cheiro de Terra - Contos Fazendeiros (Scortecci Editora), de Lucília Junqueira de Almeida Prado
O Silêncio Dos Amantes (Record), de Lya Luft
Vatapaenses Vasos Comunicantes (Gm Minister), de Sergio de Almeida Bruni
Tradução de Obra Literária Francês-Português
O Conde de Monte Cristo (Jorge Zahar), de André Telles e Rodrigo Lacerda
Topografia Ideal Para Uma Agressão Caracterizada (Estação Liberdade), de Flávia Nascimento
A Elegância do Ouriço (Cia. das Letras), de Rosa Freire D'aguiar
A Estátua de Sal (Civilização Brasileira), de Marcelo Jacques
As Damas do Vento (Record), de André Telles
Filho Único (Record), de Tatiana Salem Lévy
Promessa Ao Amanhecer (Estação Liberdade), de Mauro Pinheiro
Uma Vontade Louca de Dançar (Bertrand do Brasil), de Jorge Bastos
Fugir (Bertrand Brasil), de Joaquim Pinto da Silva
O Despovoador Mal Visto Mal Dito (WMF Martins Fontes), de Eloisa Araújo Ribeiro
Tradução
Satíricon (Cosac Naify), de Cláudio Aquati
A Morte de Empédocles / Friedrich Hölderlin (Iluminuras), de Marise Moassaba Curioni
40 Novelas de Pirandello (Schwarcz), de Maurício Santana Dias
Moby Dick (Cosac Naify), de Irene Hirsch e Alexandre Barbosa de Souza
Porta do Sol (Record), de Safa A-C Jubran
Poemata: Poemas em Latim e em Grego (Tessitura), de Erick Ramalho
Os Irmãos Karamázov - 2 Vols. (Editora 34), de Paulo Bezerra
Plotino, Enéada Iii. 8 [30]: Sobre a Natureza, a Contemplação e o Uno (Editora Unicamp), de José Carlos Baracat Júnior
O Diabo Mesquinho (Kalinka), de Moissei Mountian
Contos Completos (Cosac Naify), de Leonardo Fróes
Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes
Coleção Princesa Isabel - Fotografia do Século XIX (Capivara), de Bia e Pedro Corrêa do Lago
Árvores Notáveis - 200 Anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Livro e Guia de Bolsa) (Andrea Jakobsson Estúdio Editorial), de Andrea Jakobsson Estúdio Editorial.
Thomaz Farkas, Pacaembu (DBA), de Thomaz Farkas
Outros Carnavais (DBA), de Joana Lira
Cabeça do Cachorro (Araquém Alcântara Fotografia), de Araquém Alcântara Pereira e Drauzio Varella
O Brasil Genial da Oficina de Agosto (Luste Editores), de Luste Editores
Tarsila do Amaral (Imprensa Oficial do Estado), de Lygia Eluf
Fundação Iberê Camargo. Álvaro Siza (Cosac Naify), de Flávio Kiefer (Org.) e outros
Igrejas Barrocas do Brasil (Metalivros), de Percival Tirapeli
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Capela de São Benedito (Entrelinhas - Carrión & Carracedo), de Leilla Borges de Lacerda e Nauk Maria de Jesus
Teoria/Crítica Literária
Monteiro Lobato: Livro a Livro (Unesp), de Lajolo, Marisa e Ceccantini, João Luís
Pensamento e "Lirismo Puro" na Poesia de Cecília Meireles (Edusp), de Leila V. B. Gouvêa
Literatura da Urgência - Lima Barreto no Domínio da Loucura (Annablume), de Luciana Hidalgo
Graciliano Ramos - Um Escritor Personagem (Autêntica), de Maria Izabel Brunacci
Machado de Assis: Ensaios da Crítica Contemporânea (Unesp), de Marcia Ligia Guidin, Lúcia Granja e Francine Weiss Ricieri (Orgs.)
Contos de Machado de Assis: Relicários e Raisonnés (Associação Jesuita de Educação e Assistência Social), de Mauro Rosso
Do Teatro: Machado de Assis (Perspectiva), de João Robeto Faria (Org.)
Que Poesia é Essa? Poesia Marginal: Sujeitos Instáveis, Estética Desajustada (Editora da Universidade Federal de Goiás), de Teresa Cabañas
A Segunda Vida de Brás Cubas (Rocco), de Patrick Pessoa
A Gargalhada de Ulisses: a Catarse na Comédia (Perspectiva), de Cleise Furtado Mendes
Projeto Gráfico
Fazendas Mineiras Cemig Marcelo Drummond & Marconi Drummond
A História do Brazil de Frei Vicente de Salvador Versal Editores Ltda Maria Lêda Oliveira
Jun Sakamoto: o Virtuose do Sushi Bei Editora Marisa Salles
José Olympio, o Editor e Sua Casa G.M.T. Editores Ltda Victor Burton
Sergio Fingermann: Gravura, Trama de Sombras Bei Editora Marisa Salles
Escoffianas Brasileiras Larousse do Brasil Claudio Novaes
Isay Weinfeld Bei Editora Roberto Cipolla
60 Artistas e Arquitetos Magma Cultural e Editora Ltda Marcelo Aflalo
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1808-2008 Artepadilla Pvdi Design/Nair de Paula Soares/Joana de Paula Soares
O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli Dantes Leblon Editora e Livraria Ltda Anna Paula Sampaio da Silva Martins
Mam60 Museu de Arte Moderna de São Paulo Luiz Carlos C G Carvalhosa e João Doria
Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil
O Matador Editora Leitura Odilon Moraes
De Passagem Schwarcz Ltda. Marcelo Cipis
Alfabeto de Histórias Editora Atica Sa Gilles Eduar
Transpoemas Cosac Naify Apo Fousek
Montanha-Russa Cosac Naify Jan Limpens
Surfando na Marquise Cosac Naify Daniel Kondo
O Alienista Editora Atica Sa Cesar Lobo
Aeiou Rhj Angela Maria Cardoso Lago
A Feiticeira Editora Dcl Odilon Moraes
Krokô e Galinhola Brinque-Book Maté
Minhas Contas Cosac Naify Daniel Kondo
Ciências Exatas, Tecnologia e Informática
Introdução À Quimica da Atmosfera - Ciência, Vida e Sobrevivência Ltc - Livros Técnicos e Cientificos Editora S/A Ervim Lenzi; Luzia Otilia Bortotti Favero
O Abcd da Astronomia e Astrofísica Editora Livraria da Física Jorge Ernesto Horvath
A Via Láctea: Nossa Ilha no Universo Editora da Universidade de São Paulo Jacques Lépine
Planejamento e Controle da Produção Elsevier Editora Ltda Leonardo Lustosa / Marco Mesquita/ Rodrigo Oliveira/ Osvaldo Quelhas
Biomassa Para Energia Editora Unicamp Luís Augusto Barbosa Cortez, Electo Eduardo Silva Lora, Edgardo Olivares Gómes (Orgs)
Cálculo Em Uma Variável Real Editora da Universidade de São Paulo Plácido Zoega Táboas
Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial Editora Manole Ltda Armando Albertazzi G. Jr e André R. de Souza
Engenharia da Construção - Obras de Grande Porte Editora Pini Ltda. Luiz Roberto Batista Chagas
Mapa do Jogo Cengage Learning Edições Lucia Santaella e Mirna Feitoza
Evolução Das Idéias da Física Editora Livraria da Física Antonio S.T. Pires
Educação, Psicologia e Psicanálise
Religiosidade e Psicoterapia Editora Roca Ltda. Claudia Bruscagin; Adriana Savio; Fatima Fontes; Denise Mendes Gomes
A Voz e o Tempo Ateliê Editorial Roberto Gambini
Educação a Distância: o Estado da Arte Pearson Education do Brasil Ltda. Fredric Michael Litto
Terapia Familiar no Brasil na Última Década Editora Roca Ltda. Rosa Maria S. Macedo
Rumor na Escuta Editora 34 Luiz Meyer
A Fratria Órfã - Conversas Sobre a Juventude Olho D'água Maria Rita Kehl
Medidas do Comportamento Organizacional: Ferramentas de Diagnóstico e de Gestão Artmed Editora Mirlene Maria Matias Siqueira
Mentes Perigosas Objetiva Ana Beatriz Barbosa Silva
Comunicação e Democracia Paulus Wilson Gomes; Rousiley C. M. Maia.
Universidade Federativa, Autônoma e Comunitária Athalaia Gráfica Editora Geraldo Moises Martins
Reportagem
O Olho da Rua : Uma Repórter Em Busca da Literatura da Vida Real Editora Globo S/A Eliane Brum
O Seqüestro Dos Uruguaios - Uma Reportagem Dos Tempos da Ditadura L&Pm Editores Luiz Cláudio Cunha
O Livro Amarelo do Terminal Cosac Naify Vanessa Barbara
Narrativas de Um Correspondente de Rua Pós-Escrito - Editora do Instituto Cultural de Jornalistas do Paraná Mauri König
Rim Por Rim Record Julio Ludemir
Sem Vestígios Geração Editorial Ltda Tais Morais
No Calor da Hora : Música e Cultura Nos Anos de Chumbo Algol Editora Ltda João Marcos Coelho
Casadas Com o Crime Letras do Brasil Josmar Jozino
Suicídio - o Futuro Interrompido Geração Editorial Ltda Paula Fontenelle
1968 - o Que Fizemos de Nós Editora Planeta do Brasil Zuenir Ventura
Didático e Paradidático
Historia e Cultura Africana e Afro-Brasileira Barsa Planeta Internacional Nei Lopes
Um Futuro Para a Amazônia Editora Signer Ltda Bertha K. Becker e Claudio Stenner
Literatura Infantil Brasileira: Um Guia Para Professores e Promotores de Leitura Cânone Editorial Vera Maria Tietzmann Silva
Curso de Filosofia Política: do Nascimento da Filosofia a Kant Atlas Ronaldo Porto Macedo Jr.
Meu Primeiro Álbum de Piano Solo D.A. Produções Artísticas Ltda Dulce Auriemo
Coleção Cidade Educadora - Diário de Bordo do Aluno 1 - Volume Amarelo Aymará Edições e Tecnologia Ltda. Aureo Gomes Monteiro Júnior, Célia Cris Silva, Júlia Scandiuci Figueiredo
Terra Sobre Pressão- a Vida na Era do Aquecimento Global Editora Moderna Ltda Sérgio Túlio Caldas
Contos e Encantos Mineiros Base Livros Didáticos Ltda Anésio José de Oliveira e Eliany Assis
Minhas Contas Cosac Naify Luiz Antonio
Uma Coisa Puxa a Outra Aymará Edições e Tecnologia Ltda. José Ricardo Moreira
Mundo Jovem Desafios e Possibilidades - Uma Proposta de Trabalho Com Os Jovens Fundação Tide Setubal Beatriz Penteado Lomonaco
Só Sei Que Nada Sei, Terra, Fogo, Agua e Ar, o Quadrado Magico Cortez Editora e Livraria Ltda Silvana de Menezes
Economia, Administração e Negócios
Gestão Socioambiental Elsevier Editora Ltda Rui Andrade / Elio Tachizawa
Valores Humanos & Gestão. Novas Perspectivas Editora Senac São Paulo Maria Luisa Mendes Teixeira (Organizadora)
Estratégia e Competitividade Empresarial - Inovação e Criação de Valor Saraiva S/A Livreiros Editores Luiz Carlos Di Serio / Marcos Augusto de Vasconcelos
Meio Ambiente e Crescimento Econômico: Tensões Estruturais Editora Unesp Dupas, Gilberto
Sistemas de Gestão Integrados. Qualidade, Meio Ambiente, Responsabilidade Social, Segurança e Saúde no Trabalho Editora Senac São Paulo João Batista M. Ribeiro Neto, José da Cunha Tavares/ Silvana Carvalho Hoffmann
Redes de Cooperação Empresarial: Estratégias de Gestão na Nova Economia Bookman Alsones Balestrin e Jorge Verschoore
Empresas na Sociedade Elsevier Editora Ltda Jose Puppim
Gestão Integrada de Ativos Intangíveis Qualitymark Editora Marco Tulio Zanini
Marketing do Luxo Cengage Learning Edições Suzane Strehlau
Um Mundo Sem Pobreza: a Empresa Social e o Futuro do Capitalismo Editora Ática Sa Muhammad Yunus
Direito
Introdução Ao Pensamento Jurídico e À Teoria Geral do Direito Privado Editora Revista Dos Tribunais Ltda. Rosa Maria de Andrade Nery
Direito do Consumidor Editora Revista Dos Tribunais Ltda. Bruno Miragem
Impactos Processuais do Direito Civil Saraiva S/A Livreiros Editores Cassio Scarpinella Bueno
Prescrição e Decadência Editora Revista Dos Tribunais Ltda. Yussef Said Cahali
Código de Processo Civil - Comentado Artigo Por Artigo Editora Revista Dos Tribunais Ltda. Daniel Mitidiero e Luiz Guilherme Marinoni
Atual Panorama da Constituição Federal Saraiva S/A Livreiros Editores Carlos Marcelo Gouveia
Execução Editora Revista Dos Tribunais Ltda. José Miguel Garcia Medina
Os Poderes do Juiz e o Controle Das Decisões Judiciais Editora Revista Dos Tribunais Ltda. Coordenadores José Miguel Garcia Medina, Luana Pedrosa de Figueiredo Cruz, Luís Otávio Sequeira de Cerqueira e Luiz Manoel Gomes Junior.
Código Cívil - Análise Doutrinária e Jurisprudencial Editora Metodo Coordenadores: José Geraldo Brito Filomeno;Luiz Guilherme da Costa Wagner Junior; Renato Afonso
Controle Judicial da Discricionariedade Administrativa Elsevier Editora Ltda Luis Manoel Pires
Código Civil Comentado - Volume Vi Atlas Otavio Luiz Rodrigues Junior.
Manual de Processo Penal Constitucional Companhia Editora Forense Sergio Ricardo de Souza; Willian Silva
Direito Tributário e Análise Econômica do Direito Elsevier Editora Ltda Paulo Caliendo
O Brasil e o Contencioso na Omc: Tomo I (Série Gvlaw) Saraiva S/A Livreiros Editores Maria Lúcia Labate Mantovanini Pádua Lima
Direito Eleitoral Comparado - Brasil, Estados Unidos, França Saraiva S/A Livreiros Editores Olivia Raposo da Silva Telles
Biografia
José Olympio, o Editor e Sua Casa (G.M.T. Editores), de José Mario Pereira
O Sol do Brasil (Schwarcz), de Lilia Moritz Schwarcz
Anna: a Voz da Rússia - Vida e Obra de Anna Akhmátova (Algol), de Lauro Machado Coelho
O Santo Sujo: a Vida de Jayme Ovalle (Cosac Naify), de Humberto Werneck
Caio Prado Júnior (Boitempo Editorial), de Lincoln Secco
Domingos Sodré, um Sacerdote Africano (Schwarcz), de João José Reis
Cruz e Sousa - Dante Negro do Brasil (Pallas), de Uelinton Farias Alves
Cancioneiro Chico Buarque (Jobim Music), de Elianne Canetti Jobim
Traição (Schwarcz), de Ronaldo Vainfas
Viver sua música: com Stravinsky em meus ouvidos, rumo à avenida Nevskiy (Edusp), de Gilberto Mendes
Capa
Moby Dick (Cosac Naify), capa de Luciana Facchini
Jovem Stálin (Schwarcz), capa de João Baptista da Costa Aguiar
Árvore de Fumaça (Schwarcz), capa de Máquina Estúdio
Introdução à Filosofia (Editora WMF Martins Fontes), capa de Rex Design
Navio de Emigrantes (Imprensa Oficial do Estado), capa de Kiko Farkas e Thiago Lacas/Máquina Estúdio
Sergio Fingermann: Gravura, Trama de Sombras (Bei), capa de Sergio Fingermann
Anna: a Voz da Rússia Vida e Obra de Anna Akhmátova (Algol), capa de Klara Kaiser Mori
Disegno.Desenho.Desígnio (Senac São Paulo), capa de Antonio Carlos de Angelis e Evandro Carlos Jardins
Nova York Delirante: Um Manisfesto Retroativo Para Manhattan (Cosac Naify), capa de Elaine Ramos
Bienal Naifs do Brasil 2008 (Edições Sesc SP), capa de Moema Cavalcanti
Poesia
Dois em Um (Iluminuras), de Alice Ruiz
Chocolate Amargo (Brasiliense), Renata Pallotini
Antigos e Soltos: Poemas e Prosas da Pasta Rosa (Instituto Moreira Salles), de Instituto Moreira Salles
Cinemateca (Schwarcz), de Eucanaã Ferraz
A Letra da Ley (Annablume), de Glauco Mattoso
Homem Ao Termo - Poesia Reunida [1949-2005] (Editora UFMG), de Affonso Ávila
Outros Barulhos (Reynaldo Bessa), de Reynaldo Bessa
Geometria da Paixão (Anome Livros), de Dagmar de Oliveira Braga
Os Corpos e Os Dias (Editora de Cultura), de Laura Erber
Ferreira Gullar: Poesia Completa, Teatro e Prosa (Nova Fronteira), de Ferreira Gullar
Réquiem (Contra Capa), de Lêdo Ivo
Uma Hora Por Dia (7letras), de Maria Helena Azevedo
Ciências Humanas
História do Brasil - Uma Interpretação Editora Senac São Paulo Adriana Lopez , Carlos Guilherme Mota
Veneno Remédio Schwarcz Ltda. José Miguel Wisnik
A Aparição do Demônio na Fábrica Editora 34 José de Souza Martins
A Questão Ancestral Associação Palas Athena do Brasil Fabio Rubens da Rocha Leite
A Retórica de Rousseau e Outros Ensaios Cosac Naify Bento Prado Jr.
Atlas da Imigração Internacional Em São Paulo 1850-1950 Editora Unesp Bassanezi, Maria - Scott, Ana - Bacellar, Carlos - Truzzi, Oswaldo
Fobópole - o Medo Generalizado e a Militarização da .... Editora Bertrand Brasil Ltda Marcelo Lopes de Souza
O Amor Em Tempos de Desamor e o Enigma: o Brasil Tem Jeito? Editora José Olympio João Paulo Dos Reis Velloso
Mínima Mímica Schwarcz Ltda. Walnice Nogueira Galvão
A História do Brazil de Frei Vicente de Salvador Versal Editores Ltda Maria Lêda Oliveira
Ciências Naturais e Ciências da Saúde
Imunologia Clínica na Prática Médica Editora Atheneu Julio C. Voltarelli
Bases Moleculares Das Doenças Cardiovasculares - a Integração Entre a Pesquisa e a Prática Clínica Editora Atheneu José Eduardo Krieger
Endocrinologia Ginecológica e Reprodutiva Editora Rubio Mario Gáspare Giordano
Atlas Fotográfico de Anatomia Pearson Education do Brasil Ltda. Paulo Roberto Campos Colicigno
Oncoginecologia Vade-Mécum Dialeto Latin American Documentary José Carlos Pascalicchio
Oftalmogeriatria Editora Roca Ltda. Marcela Cypel; Rubens Belfort Jr.
Guia de Propágulos & Plântulas da Amazônia Inpa José Luís Campana Camargo Et Al.
Eletrofisiologia da Audição e Emissões Otoacústicas Editora Novo Conceito Luiz Carlos Alves de Sousa e Outros
Fundamentos de Dermatologia Editora Atheneu Marcia Ramos-E-Silva; Maria Cristina Ribeiro de Castro
Animais Aquáticos Potencialmente Perigosos do Brasil - Guia Médico e Biológico Editora Roca Ltda. Vidal Haddad Jr.
Infantil
Sete Histórias Para Contar Editora Moderna Ltda Adriana Falcão
Comilança Editora Dcl Fernando Vilela
No Risco do Caracol Autêntica Editora Ltda Maria Valéria Rezende e Marlette Menezes
Era Outra Vez Um Gato Xadrez Editora Record Leticia Wierzchowski
Minhas Contas Cosac Naify Luiz Antonio
A História de Biruta Schwarcz Ltda. Alberto Martins
Zoo Editora Nova Fronteira João Guimarães Rosa
E Um Rinoceronte Dobrado Editora Projeto Hermes Bernardi Jr
A Invenção do Mundo Pelo Deus-Curumim Editora 34 Braulio Tavares
Alma de Rio Cortez Editora e Livraria Ltda Ellen Pestili
Juvenil
O Fazedor de Velhos (Cosac Naify), de Rodrigo Lacerda
A Distância das Coisas (Edições SM - Grupo SM), de Flávio Carneiro
Cidade dos Deitados (Cosac Naify), de Heloisa Prieto
Montanha-Russa (Cosac Naify), de Fernando Bonassi
Surfando na Marquise (Cosac Naify), de Paulo Bloise
1808 - Edição Juvenil (Editora Planeta do Brasil), de Laurentino Gomes
Brincos de Ouro e Sentimentos Pingentes (Biruta), de Luiz Antonio Aguiar
Figurinha Carimbada (Girafinha), de Márcio Araújo
Chuva de Letras (Scipione), de Luis Alberto Brandão
Meu Pai Não Mora Mais Aqui (Biruta), de Caio Riter
Conversa de Passarinhos (Iluminuras), de Alice Ruiz e Maria Valéria Vasconcelos Rezende