domingo, 16 de agosto de 2009

Carreira literária de Euclydes da Cunha começou com colaborações em jornais


Euclydes da Cunha, autor do célebre "Os Sertões" e cuja morte completa cem anos neste sábado (15), começou sua carreira literária publicando textos em jornais. Sua primeira colaboração regular foi com a "Província de S.Paulo", hoje "O Estado de S.Paulo", onde publicou em 22 de dezembro de 1888 o artigo "A Pátria e a Dinastia".

O texto era assinado apenas com suas iniciais e, no fim do mesmo mês, quando passou a colaborar permanentemente com o jornal, assinava seus artigos sob o pseudônimo de Proudhon, nome do filósofo francês teórico do socialismo.

Durante sua carreira, Euclydes da Cunha também colaborou com o jornal carioca "Gazeta de Notícias".

A publicação de "Os Sertões" foi também resultado direto de sua colaboração com "O Estado de S.Paulo". Em 1897, Euclydes da Cunha escreveu para o diário dois artigos sobre a campanha de Canudos, publicados em março e julho daquele ano.


Foi a convite de Júlio Mesquita, fundador do jornal, que em 4 de agosto de 1897 viajou como correspondente de guerra para os sertões da Bahia. Durante sua passagem por diversas cidades da região, enviava artigos para o jornal com observações do conflito, anotações que mais tarde seriam publicadas em seu mais famoso livro.

Em outubro de 1897, de volta a São Paulo, publicou no jornal o último artigo da série "Diário de uma Expedição" e, em janeiro do ano seguinte, divulgou textos que viriam a ser as primeiras amostras do seu livro, sob o título de "Excerto de um livro inédito".

A redação completa de "Os Sertões" foi concluída em maio de 1900 e, dois anos depois, Euclydes da Cunha entrou em contato com a editora Laemmert, que se propôs a editar a publicação.

"Os Sertões" é lançado em 1902 e todos os volumes de sua primeira edição se esgotam em dois meses. A segunda edição do livro é publicada em julho de 1903.

Além do seu clássico livro, Euclydes da Cunha também publicou, em 1906, "Contrastes e Confrontos", reunião de artigos elaborada pela Editora Literária Tipo do Porto, em Portugal.

No ano seguinte, lançou "Peru Versus Bolívia", pela Livraria Francisco Alves.

Já em 1908, o autor terminou "À Margem da História", que traz estudos sobre a Amazônia. O livro só seria publicado em 1909, após a morte do escritor, pela Livraria Chardron, de Portugal.

Outros livros de Euclydes da Cunha foram publicados após a sua morte, em 1909, como "O Rio Purus", de 1960, "Caderneta de Campo", de 1975, e "Um Paraíso Perdido", de 1976.

Veja a relação dos principais livros publicados por Euclydes da Cunha

"Os Sertões" (1902)
"Contrastes e Confrontos" (1907)
"Peru versos Bolívia" (1907)
"À margem da história" (1909)
"Canudos - Diário de uma Expedição" (1939) (póstumo)
"O Rio Purus" (1960)
"Um Paraíso Perdido" (1976)

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