Euclydes da Cunha, autor do célebre "Os Sertões" e cuja morte completa cem anos neste sábado (15), começou sua carreira literária publicando textos em jornais. Sua primeira colaboração regular foi com a "Província de S.Paulo", hoje "O Estado de S.Paulo", onde publicou em 22 de dezembro de 1888 o artigo "A Pátria e a Dinastia".
O texto era assinado apenas com suas iniciais e, no fim do mesmo mês, quando passou a colaborar permanentemente com o jornal, assinava seus artigos sob o pseudônimo de Proudhon, nome do filósofo francês teórico do socialismo.
Durante sua carreira, Euclydes da Cunha também colaborou com o jornal carioca "Gazeta de Notícias".
A publicação de "Os Sertões" foi também resultado direto de sua colaboração com "O Estado de S.Paulo". Em 1897, Euclydes da Cunha escreveu para o diário dois artigos sobre a campanha de Canudos, publicados em março e julho daquele ano.
Foi a convite de Júlio Mesquita, fundador do jornal, que em 4 de agosto de 1897 viajou como correspondente de guerra para os sertões da Bahia. Durante sua passagem por diversas cidades da região, enviava artigos para o jornal com observações do conflito, anotações que mais tarde seriam publicadas em seu mais famoso livro.
Em outubro de 1897, de volta a São Paulo, publicou no jornal o último artigo da série "Diário de uma Expedição" e, em janeiro do ano seguinte, divulgou textos que viriam a ser as primeiras amostras do seu livro, sob o título de "Excerto de um livro inédito".
A redação completa de "Os Sertões" foi concluída em maio de 1900 e, dois anos depois, Euclydes da Cunha entrou em contato com a editora Laemmert, que se propôs a editar a publicação.
"Os Sertões" é lançado em 1902 e todos os volumes de sua primeira edição se esgotam em dois meses. A segunda edição do livro é publicada em julho de 1903.
Além do seu clássico livro, Euclydes da Cunha também publicou, em 1906, "Contrastes e Confrontos", reunião de artigos elaborada pela Editora Literária Tipo do Porto, em Portugal.
No ano seguinte, lançou "Peru Versus Bolívia", pela Livraria Francisco Alves.
Já em 1908, o autor terminou "À Margem da História", que traz estudos sobre a Amazônia. O livro só seria publicado em 1909, após a morte do escritor, pela Livraria Chardron, de Portugal.
Outros livros de Euclydes da Cunha foram publicados após a sua morte, em 1909, como "O Rio Purus", de 1960, "Caderneta de Campo", de 1975, e "Um Paraíso Perdido", de 1976.
Veja a relação dos principais livros publicados por Euclydes da Cunha
"Os Sertões" (1902)
"Contrastes e Confrontos" (1907)
"Peru versos Bolívia" (1907)
"À margem da história" (1909)
"Canudos - Diário de uma Expedição" (1939) (póstumo)
"O Rio Purus" (1960)
"Um Paraíso Perdido" (1976)
domingo, 16 de agosto de 2009
Carreira literária de Euclydes da Cunha começou com colaborações em jornais
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