sábado, 25 de julho de 2009

Lançamento: Há muito o que contar...aqui, de Alison Louise Kennedy

*do portal Fator Brasil

Vencedora de prêmios literários importantes como Saltire Award, Eifel Literaturpreis e Costa Best Novel Award, a escocesa Alison Louise Kennedy estreia no mercado editorial brasileiro com o romance "Há muito o que contar... aqui" (Day), obra que aborda o cotidiano simples, porém brutal da guerra - o companheirismo que se encontra face à morte e as complexas emoções humanas. Sucesso de crítica e de público na Europa, a obra foi classificada pelo The Times Literary Supplement como "um romance novo e elegante sobre o invisível, o oculto e as formas como a guerra altera e oculta suas mudanças."

A edição nacional - um lançamento da Primavera Editorial - contou com projeto gráfico primoroso, baseado em pesquisa detalhada em arquivos de fotos de familiares de pilotos da Força Aérea Britânica. A foto selecionada para a capa é de Stan Edwards e foi cedida por ele para para homenagear os companheiros que lutaram ao seu lado na Segunda Guerra Mundial.

São Paulo, 20 de julho de 2009 - Com originalidade e sagacidade característicos de Alison Louise Kennedy, a ficção contemporânea "Há muito o que contar...aqui" narra a trajetória de Alfred Francis Day, personagem que na juventude vive os horrores da Segunda Guerra Mundial e que, na maturidade, faz um resgate emocional ao atuar como figurante em um filme sobre prisioneiros de guerra. Sucesso editorial na Europa, o livro - lançado no Brasil pela Primavera Editorial - marca a estreia da autora escocesa no mercado editorial nacional; uma oportunidade para o leitor brasileiro "descobrir" a obra de Kennedy, escritora escocesa que conquistou prêmios literários importantes como Saltire Award, Eifel Literaturpreis e Costa Best Novel Award. Com um projeto gráfico primoroso, baseado em pesquisa detalhada em arquivos de fotos de familiares de pilotos da Força Aérea Britânica, a edição nacional estampa na capa uma foto do ex-combatente Stan Edwards, que a cedeu como forma de homenagear os companheiros que lutaram ao seu lado na Segunda Guerra Mundial.

Com a proposta de trazer ao mercado editorial do Brasil novos talentos da literatura nacional e internacional, a Primavera Editorial tem investido em novos autores, especialmente os estreantes, e em obras que não foram publicadas no Brasil. Segundo Lourdes Magalhães, presidente da Primavera Editorial, a editora tem interesse e assumiu o papel sociocultural de "apresentar" ao leitor brasileiro talentos da literatura nacional e estrangeira. "Não aguardamos as grandes feiras do mercado internacional para adquirir direitos das obras, tampouco aguardamos o livro se tornar um sucesso editorial no país de origem. Na prática, contamos com uma rede internacional e informal de leitores com uma visão contemporânea. São formadores de opinião de faixas etárias distintas, gente que antecipa tendências comportamentais, inclusive de leitura", detalha a executiva, acrescentando que foi dessa forma que selecionou a obra de Alison Louise Kennedy.

"Há muito o que contar... aqui" - Alfred Francis Day, aviador da Força Aérea Britânica e ex-prisioneiro da Segunda Guerra Mundial nunca esperou sobreviver à guerra. Talvez nunca desejasse essa sobrevida, pois escolheu ser artilheiro em um bombardeiro Lancaster - exposto, solitário e alerta, para seu comandante e tripulação, noite após noite em missões. Após o término da guerra, em 1949, Alfred Day - mais solitário do que nunca - é levado a dias intensos e estranhamente passionais enquanto atua como figurante em um filme sobre um campo de prisioneiros. A reflexão interior, no set de filmagem, dará a Alfred um novo significado para a guerra. Em meio à guerra, ele construiu amizades sólidas com a tripulação e se apaixonou por Joyce, jovem que conhece em um abrigo antiaéreo e que lhe dá motivos para continuar a viver. Em 1949, passados quatro anos de violência - sem amigos e tendo perdido o amor da sua vida, o pleno sentido de viver, Alfred encontra no trabalho como figurante uma nova forma de reconquistar o rumo da vida. Em um campo de prisioneiros artificial, ele se vê cercado por atores, armas de mentira, câmeras e cenários, ocasião em que começa uma busca por uma segunda chance para repensar e amadurecer tudo o que viveu; aprendizado que ocorre de uma forma tranquila e distinta.

A singular exploração da complexidade das emoções humanas está em cada linha do romance "Há muito o que contar... aqui" - um drama extraordinário e cheio de emoções sobre a violência da vida moderna e sobre a intensidade e coragem de estar à beira da morte. Brilhante pela virtuosidade, perspicácia e criação narrativa da autora, a história é engraçada e tocante; sábia e triste, um trabalho fascinante e original de uma das mais talentosas escritoras de nosso tempo.

Trechos do livro: (.)

"A cerca de arame farpado do campo era uma cópia bastante precisa. As torres dos guardas também, os colchonetes quadriculados nas cores azul e branco, as tábuas nuas dos pisos e o rangido das paredes das barracas, tão realistas quanto possível e, em poucos dias, alcançaram o seu propósito: tédio e filas, e um tipo de ansiedade que se firmava e permanecia. O que teria sido a razão de Alfred desmaiar, ele achou. Porque o campo estava vencendo, surrando-o novamente."

(.) "E todos têm estado tão ocupados em tempos de paz: mantendo o racionamento, comendo o que têm vontade, certificando-se que estejamos todos contentes e recebendo o que merecemos. Cada um de nós recebe o que merece por ter defendido seus valores, sabia disso?"


[Tradução: Paulo Sanchez | Gênero: Romance | ISBN: 978-85-61977-07-8 | 342 páginas | Encadernação: brochura | Preço sugerido: R$ 49,90].

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