terça-feira, 7 de julho de 2009

Redação da Unesp aborda Orkut, Twitter e blogs; proposta exigiu originalidade


do UOL Vestibular

Com o tema "A tecnologia e a invasão da privacidade", a Unesp (Universidade Estadual Paulista) encerrou, nesta terça-feira (7), as provas do vestibular de meio de ano 2009.

Veja aqui a prova de português do vestibular da Unesp

Apesar de ser um assunto próximo da realidade dos estudantes, para a professora Maria Aparecida Custódio, do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo, o tema desafiava o candidato a buscar argumentos diferentes dos apresentados na coletânea. "Não sobrava muito para o candidato ser original", diz.

Os estudantes tiveram de fazer uma dissertação com tamanho entre 25 e 35 linhas, que discutisse o interesse pela vida alheia e o gosto pela invasão de privacidade.

Segundo a professora, uma vez que os textos oferecidos pela banca examinadora já apresentavam os argumentos possíveis para a construção da redação, o que se esperava do candidato era que ele apresentasse um posicionamento fundamentado sobre os dispositivos eletrônicos citados na prova (Twitter, Orkut, blogs).

"A banca esperava que o vestibulando mostrasse seu julgamento sobre o assunto, sua análise crítica e as perspectivas em relação ao futuro", diz a professora. "Se o candidato se revelou um bom leitor e um bom manipulador de dados, ele atendeu às expectativas. Aqueles que se limitaram a fazer uma colagem de trechos dos textos de apoio, sem imprimir sua marca de autoria na redação, não se saíram bem", opina.


Português
A prova de português, segundo o professor de língua e literatura portuguesa e brasileira, Laudemir Guedes Fragoso, privilegiou o domínio da linguagem e o repertório cultural do candidato: "O candidato que soubesse ler bem, entender bem e redigir uma resposta, conseguia fazer a prova", diz.

A prova apresentou três textos longos, dois literários e um jornalístico. De acordo com Fragoso, a prova e a redação foram "casadas", pois os trechos tinham ligação com o tema da redação.

Para ele, o exame não estava mais fácil do que as dos anos anteriores, mas estava "mais justa": "Não tinha segredos nem pegadinhas. Lógico que havia questões sobre gramática, mas saber só isso não adiantava; [o candidato] devia saber aplicar seus conhecimentos de português".

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