quarta-feira, 1 de julho de 2009

Homenageado da Flip 2009, Manuel Bandeira tem destacada a faceta cronista


Poeta será tema da conferência de abertura e de duas mesas do evento.
Festa Literária Internacional de Paraty tem início nesta quarta-feira (1º).


Shin Oliva Suzuki
do portal G1


Dentro da tradição da Festa Literária Internacional de Paraty, a edição 2009 terá Manuel Bandeira como mais uma figura importante das letras brasileiras a ser homenageada pela programação do evento.


O nome do poeta sucede os de Vinicius de Moraes, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado, Nelson Rodrigues e Machado de Assis, lembrados nas seis edições anteriores da Flip. A sétima edição do festival começa nesta quarta-feira (1º).


Dentro da Flip, Bandeira (1886-1968) será tema da conferência de abertura, às 19h, a cargo de Davi Arrigucci Jr., que escreveu ensaios importantes sobre o escritor, identificado com o movimento modernista (apesar de não ter participado da Semana de 1922).

Na sexta-feira, às 10h, Heitor Ferraz, Eucanaã Ferraz e Angélica Freitas, representantes da nova geração de poetas brasileiros, conversam sobre por que ainda é importante ler Bandeira. No domingo, último dia de Flip, às 16h15, Edson Nery da Fonseca, correspondente e amigo do poeta conversa com o jornalista Zuenir Ventura – discípulo bandeirista.

Ainda haverá leitura de poemas pela rádio digital Lettera Libris (quinta, às 15h10), uma releitura do “Guia de Ouro Preto”, a exibição do curta “O poeta do castelo”, de Joaquim Pedro de Andrade (sexta, às 17h30), um show de Francis e Olivia Hime (sexta, às 22h), todos voltados à obra do poeta nascido no Recife e que morou boa parte de sua vida no Rio de Janeiro. Entre seus livros fundamentais estão “Libertinagem” (1930) e “Itinerário de Pasárgada” (1954).

O mercado editorial aproveitou a deixa e planejou uma série de lançamentos na esteira da homenagem feita pela Flip. A editora Cosac Naify publica a tradução de “Macbeth”, de Shakespeare feita por Bandeira, “Apresentação da poesia brasileira”, um antologia de nomes importantes da produção nacional com vistas ao leitor de fora, e “Crônicas inéditas 2”, reunião de trabalhos feitos para jornais e revistas. É nesse livro, organizado por Júlio Castañon Guimarães, pesquisador da Fundação Casa Rui Barbosa, em que aparece Bandeira em momentos como crítico duro ou que entabula de maneira mais informal a comunicação com o leitor.

Guimarães concorda que pode se enxergar uma influência do movimento modernista, com um “tom de brincadeira, de ironia” em suas crônicas.

A editora Nova Aguilar também lançará “Poesia completa e prosa” e a Nova Fronteira programa “Estrela da vida inteira” – que ainda inclui um CD com leituras de poemas feitas pelo próprio Bandeira.

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